Juscelino Souza *
Nos regimes totalitários não existe liberdade de imprensa. Vitória da Conquista parecia caminhar para essa assertiva, com alguns poucos se alimentando da “carniça oficial” lançada mensalmente nas bocas famintas. Tal qual cães raivosos, presos a grilhões forjados em moedas de Judas, arrotavam impropérios contra todos que tentassem aproximar-se dos que lhes cobravam subserviência, inclusive até dos seus iguais na fala ou na caneta. Nos últimos meses notamos que aqui, no terceiro maior município da Bahia (com mais de 310 mil habitantes), estes mesmos meios de comunicação, antes mercê das presilhas da censura prévia, de imprensa servil, subalternizada, turiferária do poder, cujos assomos de independência eram coartados pela constrição da grilheta que o oficialismo lhe impunha, tomaram as rédeas em nome de interesses escusos e pessoais.