Por Luís Fernandes
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Anos 70. A noite dançante, um som extremamente alto de origem eletrônica, cadenciado inicialmente numa batida constante, luzes multicoloridas e muitos espelhos, anunciavam ao mundo a era Disco Music e muita gente sacudiu ao som de Tina Charles, Tavares e Donna Summer na night away. O novo estilo que surgia necessitava de espaços grandes que mais pareciam clubes, e casas para este propósito foram abertas. Na mesma época crescia nos clubes uma batida diferente, mais suingada, oriunda dos guetos negros americanos: era a Soul Music que iniciava a noite e quando esquentava entrava o Funk Sex Machine de James Brown ou umas outras de um tal grupo chamado Kool and the Gang. Isso tudo (e muito mais) podia ser ouvido e dançado na mais famosa casa dançante de Conquista dos anos 70 e início dos 80. Era o famoso “Taquara Drink Som”.

O espaço foi ampliado para também realizar os grandes bailes de formatura da juventude conquistense. O “Taquara” foi uma casa de recreio inaugurada no dia 24 de junho de 1972, por Leonardo Martins Melo (hoje proprietário da “Balanças Texas”) na Avenida Juracy Magalhães, saída para Itambé, km 4. Nela existiam ocas temáticas feitas de taquaruçu, com os nomes dos países da América do Sul e seu correspondente em tupi-guarani, a exemplo da ita-oca, da ibi-oca etc. numa área arborizada de 14.000m², além de bar, restaurante, parque infantil e um mini-zoológico de 100m² por 3m de altura, com animais de várias espécies, inclusive uma onça pintada.