O prefeito Valderico Luiz dos Reis Júnior, do União Brasil, decretou situação de emergência na saúde pública do Município de Ilhéus. A medida revela as condições críticas em que a Secretaria de Saúde foi deixada pela gestão anterior e autoriza ações imediatas para garantir a continuidade do atendimento à população. Publicada por meio do Decreto Nº 150/2025, a decisão considera a calamidade administrativa e financeira da Secretaria de Saúde, destacando diversos problemas graves, como o estado precário da frota de ambulâncias, das quais apenas duas estão em funcionamento, o esvaziamento dos almoxarifados e das Unidades de Saúde, o desabastecimento generalizado de medicamentos, os débitos milionários com pessoal, e a falta de contratos vigentes para serviços de lavagem e abastecimento de veículos. Além disso, a Administração aponta que as contas bancárias vinculadas à Secretaria de Saúde têm um saldo total de pouco mais de R$ 4 mil, enquanto há atrasos no pagamento de servidores efetivos e prestadores de serviços, incluindo os médicos. Para garantir o atendimento, o Decreto autoriza a cessão de veículos entre as secretarias, contratações emergenciais, a aquisição de peças e serviços para manutenção da frota, e a apuração das responsabilidades pelas causas que resultaram na situação de emergência, com encaminhamento aos órgãos de controle externo, como os Tribunais de Contas, o Ministério Público do Estado da Bahia e a Câmara Municipal de Ilhéus. A situação de emergência terá validade inicial de 90 dias, podendo ser prorrogada caso os problemas persistam.

Um motorista e uma passageira morreram em um grave acidente na manhã desta quarta-feira (8) na GO-060, entre Trindade e Santa Bárbara de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. A colisão frontal envolveu dois veículos, um Nivus e um Montana. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, o motorista do Montana, que faleceu no local, teve a morte confirmada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A passageira que estava no mesmo carro ficou presa às ferragens e foi resgatada pela equipe dos bombeiros. Apesar de apresentar sinais vitais no momento do resgate, ela entrou em parada cardiorrespiratória durante o transporte para o hospital. O motorista do Volkswagen Nivus ficou ferido e, ao ser atendido pelos bombeiros, estava consciente e orientado, embora com diversos cortes no rosto e nos braços. Após os primeiros atendimentos, ele foi encaminhado ao Hospital Estadual de Trindade (Hetrin). O g1 tentou contato com a unidade hospitalar para obter informações sobre o estado de saúde da vítima, mas não obteve resposta até a última atualização. A Polícia Militar informou que o Instituto Médico-Legal (IML) e a Polícia Científica foram acionados. A delegada Silvana Nunes, da Polícia Civil, comunicou que a investigação foi iniciada e que a dinâmica do acidente só poderá ser esclarecida após a conclusão do inquérito.

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), nesta quarta-feira (8), instaurou um inquérito para apurar um possível ato de racismo religioso cometido pela cantora Claudia Leitte, como é conhecida Claudia Cristina Leite Inácio Pedreira, após ela substituir o nome de um orixá por uma referência cristã na música “Caranguejo”, durante um show em Salvador. A cantora cantou “Eu canto meu Rei Yeshua” no lugar de “Saudando a rainha Iemanjá”, gerando polêmica nas redes sociais. O MP-BA recebeu denúncias do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e da Iyalorixá Jaciara Ribeiro. A promotora Lívia Sant’Anna Vaz abriu o inquérito e convocou Claudia Leitte e os compositores da música para uma audiência pública marcada para 27 de janeiro. O objetivo da investigação é apurar se houve violação de direitos das comunidades religiosas afro-brasileiras e possível racismo religioso. A mudança na letra foi criticada por figuras públicas como o secretário de Cultura de Salvador, Pedro Tourinho, e a professora Bárbara Carine, que denunciaram racismo religioso. Em contrapartida, Carlinhos Brown, criador do espaço onde o evento ocorreu, defendeu Claudia Leitte, afirmando que ela não é racista. A cantora, em uma coletiva, afirmou que o racismo é um tema sério, mas não se manifestou diretamente sobre a acusação durante o show.

O presidente da República Brasileira Luiz Inácio Lula da Silva concretizou nesta terça-feira (7) a primeira mudança da reforma ministerial deste ano. O deputado federal aulo Roberto Severo Pimenta (PT-RS) foi demitido da Secretaria-Geral da Presidência da República, que terá como novo ministro Sidônio Cardoso Palmeira, que é de Vitória da Conquista. “Nós já vínhamos há um tempo construindo dentro do governo uma necessidade de um processo de transição da política de comunicação do governo. O presidente tem uma leitura muito precisa de que nós tivemos uma primeira fase do governo, de reconstrução. A partir de 2025, vamos entrar em uma fase nova do governo”, declarou o ainda ministro da Comunicação. Pimenta afirmou que está levando bem a mudança, que não foi novidade dentro do Planalto. “Para mim é algo muito tranquilo poder hoje estar aqui na Secom e, eventualmente, amanhã ou depois ter outra tarefa, outra função”, comentou, dando a entender que pode vir a ocupar nova posição na gestão de Lula. O deputado gaúcho é cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República, atualmente chefiada por Márcio Macêdo. O demitido de Lula afirmou ainda que tirará uma semana de férias, enquanto não sabe quais são os rumos de sua função no Governo Federal. “Faz bastante tempo que não atendo à oportunidade de tirar férias, ficar alguns dias descansando. A última vez que tirei férias foi antes da posse (presidencial). Quando retornar, vou conversar com o presidente sobre quais serão as minhas tarefas, minhas funções”, frisou. As informações são do Correio Braziliense.