
A menos de sete meses das eleições, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) anunciou pré-candidatura ao Governo da Bahia, nesta sexta-feira (11). Professor de geografia da Rede Estadual de Ensino, Giovani Damico pretende suprir o curto tempo de visibilidade na cadeia de rádio e televisão com intensa mobilização nas ruas, com pautas que, segundo ele, não são discutidas pelo grupo que governa o Estado e pelo grupo que lidera as pesquisas para esta eleição. “O PT, ao optar por negociar suas bandeiras históricas, cedeu cada vez mais terreno a um bloco carlista, hoje hegemônico em nosso Estado”, disse Damico, que em 2020 foi candidato a vereador em Salvador. Pelas regras da Justiça Eleitoral, partidos que não têm cadeiras na Câmara dos Deputados disputam os 10% do tempo de propaganda eleitoral que são divididos de maneira igualitária.Entre as pautas as quais o pré-candidato do PCB se refere como espinhosas para seus concorrentes que terão mais visibilidade midiática, estão segurança pública e educação.
A dificuldade dos pré-candidatos adversários, para Damico, tem a ver com as conexões que cada um destes temas tem um com o outro, o que levar a proposições simplistas para problemas complexos. “Não há política de segurança pública que seja eficiente sem uma política de emprego e renda, associada ao acesso à educação e proteção dos direitos dos jovens e adolescentes, prevenindo assim o ingresso de novos jovens ao mundo da criminalidade. Reduzir a criminalidade é garantir outras oportunidades, encarando o crime como problema social, e não de indivíduos a serem combatidos”. Para conseguir melhorar os índices sociais do Estado, caso seja eleito, o professor sugere não propor aliança com grandes empresários, latifundiários e milionários, que seriam os causadores dos problemas enfrentados pela população, segundo ele. “Não estamos fechados a discutir projetos e eventuais alianças, mas estas só serão possíveis se forem transparentes e coerentes com tudo o que defendemos”.