UESB: Cremeb pede interdição do curso de medicina de Jequié

Por solicitação do Governador Jaques Wagner, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) esteve reunida na última terça-feira (17) com representantes das Secretarias de Saúde e de Educação do Estado da Bahia e com o Reitor da Universidade do Sudoeste da Bahia (UESB), professor Paulo Roberto Pinto, para discutir os problemas constatados pelo Conselho no Curso de Medicina do Campus de Jequié. Em relatório a ordem pede transferência provisória dos alunos para o campus de Vitória da Conquista até a normalização. “Do jeito que o curso está, não tem condições de continuar. Há uma inadequação completa do projeto pedagógico, que foi elaborado com base nas diretrizes curriculares para cursos de saúde, e não de medicina, e assinado por uma profissional que não é médica. Os cursos de medicina precisam seguir diretrizes curriculares específicas para cursos de medicina, que obedecem a critérios específicos que valem no momento de validação junto ao MEC. É preciso ter médicos para criar esse projeto, visando às necessidades da formação de um médico – dificilmente uma pessoa que não é profissional da área conhece estas necessidades” – explicou a conselheira, Hermila Guedes, que fez parte da Comissão que visitou o Campus. Os representantes das Secretarias assumiram o compromisso de rever algumas questões pontuadas no relatório (veja aqui). A sugestão do Cremeb é que a Reitoria e as Secretarias se apóiem no relatório para elaborar um plano de saneamento dos problemas. “Se as questões não forem sanadas, quando o MEC avaliar a instituição, os graduandos poderão não ser diplomados”, completou a conselheira. “A audiência foi fundamental para pontuarmos a relevância da situação, que prejudica os alunos de medicina e pode repercutir em sua formação. O Conselho precisa fiscalizar a atuação médica do presente, mas precisa também se preocupar com a atuação dos médicos do futuro. Estes alunos serão nossos inscritos amanhã, serão médicos que estarão exercendo a profissão e atendendo a população”, afirmou o conselheiro, Jorge Cerqueira.


Os comentários estão fechados.