As Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) deflagram greve de advertência e fecham os portões nesta quarta, quinta e sexta-feira (17 a 19 de setembro). A atividade faz a denúncia da intensificação da crise financeira das universidades e reivindica o repasse de mais orçamento à educação pública superior da Bahia. Na terça-feira (17), a partir das 9h30, também acontece ato público na Assembleia Legislativa. As atividades fazem parte da “Semana de Mobilização e Lutas”. Segundo a diretoria da ADUNEB, descrente de promessas, de discursos vazios e da morosidade, a comunidade acadêmica das Ueba aumenta o tensionamento com o governo até que as reivindicações sejam atendidas e os compromissos do Estado sejam revertidos em conquistas reais. A paralisação é construída pelo Fórum das 12, frente que aglutina as entidades representativas de professores, técnicos e estudantes das Ueba (UNEB, UEFS, UESB e UESC). Nos dias 15 e 16 ocorrem ações de mobilização nos campi, como panfletagens e visitas às salas de aula. De 17 a 19 acontece a paralisação das atividades acadêmicas e administrativas. A reivindicação da comunidade acadêmica das quatro universidades estatuais é pelo aumento no repasse orçamentário para, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI). Atualmente esse valor não chega a 5%. Segundo os professores, da crise orçamentária derivam vários outros problemas que impactam no dia a dia das UEBA, como: o déficit no quadro de vagas para professores e técnico-administrativos, a falta de equipamentos nos laboratórios e materiais didáticos, a ausência de uma efetiva política de permanência estudantil, a falta de restaurantes universitários e creches-escola, o constante atraso nos pagamentos de bolsas de pesquisa e auxílio. Em alguns campi faltam, inclusive, materiais de limpeza e higiene pessoal.
