No vestibular da Beócia

Foto: Blog do Anderson
Foto: Blog do Anderson

Jorge Maia

A Universidade da Beócia – UEBE- costuma ter a mesma prática das demais Universidades no que se refere à prova de redação. Os professores de cursinho pré–vestibular sempre recomenda estar em dia com os fatos que chamam a atenção da sociedade, pois, certamente, serão temas explorados  pelas diversas Universidades  no tema da redação. A guerra da Ucrânia, a questão do oriente média, crise do petróleo e tantos outros que se destacam na mídia internacional, ou mesmo na mídia nacional. O objetivo não é apenas testar o aluno quanto a sua capacidade de redigir sobre temas considerados importantes, mas certificar quanto a atualização do candidato no que se refere aos fatos recentes e a capacidade de análise da realidade atual. Leia na íntegra.

No último vestibular, em fevereiro deste ano, o tema escolhido foi a declaração de uma autoridade governamental, que sendo incluído em uma  relação de possível ato de corrupção, respondeu de modo indignado, afirmando  estar: ” cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos”.

A questão envolvia o exame da frase, dado a ser uma expressão inusitada, divulgada em nota pública por alguém que tem a possibilidade de assumir o destino da Beócia, daí a sua gravidade. O candidato deveria observar alguns aspectos que aquela expressão poderia trazer em seu significado, exigindo que o candidato explicasse, na seguinte ordem:

Em que posição deveriam ficar os cornos para receber a substância excretada? Se o excretor estava andando, ele deveria acoplar ao órgão excretor um ventilador para espalhar a substância de modo a atingir a todos os cornos? Qual seria a distância percorrida, andando e repartindo a matéria fecal? Os cornos receberiam de modo pacífico, ou reagiram ao ser atingidos pela matéria já referida? Qual a quantidade de material que o excretor armazenaria em seu organismo, permitindo que  todos fossem homenageados?

Desnecessário dizer a polêmica  este tema causou em toda a sociedade. Alguns achavam que era de um mau gosto inqualificável, verdadeiramente grosseiro, outros opinavam que a democracia permite que qualquer tema seja discutido, não devendo haver censura.

O certo é que, o candidato melhor avaliado, no que foi aprovado pela comissão  realizadora do vestibular, foi aquele que escreveu que o mau gosto era de quem fizera aquela declaração e que o povo da Beócia tem sido tratado pelo Estado do mesmo modo que ele entende que  deve trata os cornos e que um povo que recebe em suas cabeças doses daquela fedentina não pode, jamais,  ganhar um Nobel de qualquer categoria científica ou de outra natureza, pois seus neurônio estão profundamente contaminados e não podem pensar.140315


Uma Resposta para “No vestibular da Beócia”

  1. Neto

    Kkkkkkkkkkkkk

    Se por um caso fortuito as excretas não fossem exteriorizadas, poderíamos alegar censura ao livre direito de cagar e andar sem ser molestados?
    Bela análise, professor! Você como sempre, nos surpreende.

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