Em entrevista ao Brasil Notícias nesta terça-feira (23), o diretor de Comunicação do SINTRAVC (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros, Cargas, Fretamento, Turismo e Pessoal de Apoio de Vitória da Conquista), Valdeni Evangelista da Silva, disse que a greve deflagrada no final da semana passada não tem previsão para terminar. “Os empresários não chamaram a gente para conversar”, afirmou. “Estamos pedindo 10% de aumento; após o aumento da tarifa mais 3%; no mínimo o ticket para R$ 250; o prêmio de férias pagar, que já era coisa adquirida há anos e com a entrada da Cidade Verde foi cortada e a Vitória copiou isso, essa moda; a ativação do plano de saúde imediatamente”, disse Valdeni da Silva, popularmente conhecido como Paquinha. Segundo ele, o valor do plano de saúde teria sido descontado nos salários dos trabalhadores, mas a Viação Vitória não fez o repasse para a operadora. “Essa é a situação que nós estamos vivendo hoje no transporte coletivo e agora estão querendo pleitear o aumento de tarifa”, complementou. Segundo Nildo Freitas, âncora do programa da Brasil FM, as empresas se comprometeram o reajuste de 10% nos salários condicionado ao aumento da tarifa, saindo dos atuais R$ 2,40 para R$ 2,80. “Agora eu digo uma coisa: a gente pode pegar o aumento salarial dos funcionários e amarrar num aumento de tarifa que é uma coisa entre Prefeitura e empresa? Ficar aguardando por isso?”, indagou o jovem lembrando que a data-base de aumento de tarifa acontece no mês de novembro. “Vai ficar até novembro sem o reajuste salarial dos funcionários?”, continuou. Em relação a uma decisão da Justiça que obriga a circulação de 50% da frota, ele disse desconhecer. “Não recebemos nenhuma notificação ainda. Caso chegue essa notificação esse 50% vai rodar em horário de pico. Por enquanto não determinou nada ainda”, salientou pedindo desculpas à população e denunciando uma perseguição em “bastidores” aos seus camaradas.
