Cinco anos do Sarau

Fotos: JC d´Almeida
Fotos: JC d´Almeida

Alô André Cairo, professor Itamar Aguiar, José Carlos D´Almeida, nosso fotógrafo, Mano Di Souza e sua esposa Cleidiane, Marta Moreno, Dorinho e sua noiva, Moacir Morcego, Walter Lages, Lídia Rodrigues, Simone, Nadir e outros presentes, um abraço e muito obrigado a todos pela participação nos cinco anos comemorativos do “Sarau A Estrada” no nosso Espaço Cultura, na noite do último sábado, dia 12 de setembro.

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Nem precisa dizer que foi bom demais e, mais uma vez, varou a madrugada até o dia amanhecer. Rolou da literatura a música ao som da viola violada bem cantada e interpretada. Foi um show que há muito tempo não vejo por essas bandas, graças aos talentos artísticos de todos. Não dá nem para destacar os melhores momentos porque todos foram bons. Foi uma noite de conhecimento e cultura.

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Para começar, fizemos um simples e informal roteiro de abertura na fala dos anfitriões da casa, Vandilza e Jeremias Macário que agradeceram a todos pelos cinco anos do movimento. Foi apresentada a proposta de consolidarmos oficialmente de uma vez o grupo lítero-musical. Na ocasião, Jeremias apresentou a boneca do seu próximo livro “ANDANÇAS”, uma obra que mistura ficção com realidade entre contos, prosas e versos. Leia na íntegra.

  O professor Itamar Aguiar aproveitou para falar do psiquiatra e escritor, Afrânio Peixoto, filho de Lençóis, especialmente do seu tratado sobre a influência indígena na poesia e nas manifestações culturais brasileiras. Foi uma aula do professor recheada de conhecimento e saber como sempre ele tem para nos brindar.

  Entre um poema e outro de autores regionais, o fotógrafo e declamador José Carlos D´Almeida fez uma homenagem ao escritor Camilo de Jesus Lima, recitando “Me solta gente que eu quero atravessar a fronteira”. Teve outros pronunciamentos dos participantes, mas o negócio ferveu mesmo quando os meninos da música abriram suas mochilas e miçangas para bater as violas de tradição com músicas autorais e de outros nomes da Bahia e do Brasil.

  O músico Mano Di Souza relembrou o início, em 1910, dos nossos primeiros encontros com o nome de “Vinho Vinil” e pediu para que continuasse assim, mas sugiro aqui “Vinho Viola”, ou “Vinho Violado” quando por descuido meu terminei quebrando uma taça do manjar dos deuses. Na falta de outro nome definitivo, até agora mantemos aqui “Sarau A Estrada”.

  Com André Cairo cantando Bob Dylan e o Bolero de Ravel, a voz grave de Walter Lages com seu instrumental de Luiz Gonzaga, Dorinho, Marta, Mano e Moacir Morcego, não dá para apontar qual a melhor apresentação musical da faixa ou das faixas que deveriam ser gravadas num CD histórico do grupo. O tempo passou tão rápido que ninguém percebeu o dia amanhecer.

  O papo foi centrado na cultura em geral, especificamente a literatura e a música num nível de qualidade e conteúdo que só fez enriquecer nossas almas, hoje cada vez mais sedentes de conhecimento, num ambiente de alegria e confraternização. Foi assim e muito mais que isso “Os Cinco Anos do “Sarau a Estrada”.


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