Conquista 175 Anos: Penso logo crio

Foto: Reprodução | TV Sudoeste
Foto: Reprodução | TV Sudoeste

Eduardo Moraes

Nesse nove de novembro de 2015 quando se comemorou os 175 anos da emancipação política de Vitória da Conquista, o bairrismo dos conquistenses natos aflorou-se de corpo e alma transformando-os em unidade de paixão e amor! Os filhos adotados ou acolhidos pelo aconchego caloroso de Conquista, se desmancharam   em declarações de amor e agradecimento pelo acolhimento. Todos sem exceção vibraram, comemoraram, aplaudiram, celebraram, emocionaram-se, fizeram discursos e declarações de pura paixão e as vezes de pouca razão. Sim! Suspiros, suores, olhares perdidos, todas as sensações comuns àqueles que estão apaixonados e encantados, quando toda emoção provocada pela dopamina irriga artérias, coração e cérebro. Há! O amor é lindo e minha Conquista também! Linda, politizada, culturalmente diversa, organizada, forte e atrativa pela sua economia, um povo trabalhador, empreendedor, clima agradável e infinitas possibilidades de investimentos, realizações e sucesso. Leia na íntegra

É inegável que nos últimos 20 anos Vitória da Conquista deu um salto gigantesco em seu crescimento, navegando na onda de uma gestão pública responsável, de uma forte presença de investimentos públicos da União em nossa cidade e região, ousadia, empreendedorismo, visão de futuro do empresariado local e de outras partes do Brasil atraídos pela melhoria dos serviços públicos e elevação da renda do nosso povo.

Vitória da Conquista possui uma população de aproximadamente 350 mil habitantes, é a sexta maior economia da Bahia, com participação de 2,4% no PIB do estado. Segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), o PIB da Bahia, em 2011, foi R$ 159.868,62 bilhões e o de Vitória da Conquista R$ 3.836,50. Já no quesito renda per capita, o município fica à frente da Bahia, tendo R$ 12.370,65 e o estado R$ 11.419,63. Outro dado importante para economia é a geração de emprego. Está tudo muito bom! Está tudo muito bem! Mas será que realmente por toda a nossa história de lutas desde a nossa colonização, guerras familiares pela hegemonia do poder político, econômico e social, enfrentamento a ditadura, e mandonismo local. Não estamos nos acomodando a essa zona de conforto? A zona de conforto é a nossa tendência a fazer o que é fácil, cômodo e conhecido, sem intenção de interromper ciclos. Pode ser sedutora, irresistível, “segura” e desastrosa! Não estaria na hora de começar algo novo ou desafiador, que demande avançar e consolidar o que já é bom, porém inovar, motivar, oportunizar a criatividade e comprometimento que cause engajamento extra, desafiador que nos tire da improdutividade, vícios e inércia?

Estamos às vésperas de mais um pleito eleitoral para o executivo e legislativo do nosso município, até o momento tanto a situação, quanto oposição ou dissidentes, pouco ou quase nada se ler, ouve-se sobre o futuro da nossa pujante Vitória da Conquista, os discursos são previsíveis sem novidades. Diante do colapso político, econômico, ético e moral da política nacional.  Penso que o desafio para aqueles que ousam disporem, suas ideias, nomes e energia, para romper com o atual ciclo ou zona de conforto na política local o momento é de oportunidade, de mudança de perspectiva.

O desafio é pensar, debater coletivamente e colocar em ação um projeto para o presente, e a Vitória da Conquista de 2040 quando celebraremos os 200 anos de emancipação política da nossa cidade. Parece que os ideias concebidos no início dos anos noventa, já não funcionam. Daí a necessidade de propor um novo paradigma   que contemple uma revolução na educação, mobilidade urbana, saúde, segurança, saneamento, abastecimento de água potável, tratamento dos resíduos sólidos, os espaços de convivência pública, atenção as necessidades alimentares, mentais, emocionais, culturais, comunicação e artísticas das pessoas, proporcionando assim efetivamente uma sociedade justa e sustentável, não apenas que pensa e logo existe (René Descartes, filósofo francês-31 Março 1596 / 11 Fevereiro 1650) , mas uma sociedade  que pensa e logo cria!

Eduardo Moraes

Bancário, Historiador, Contador, Especializado em Gestão Pública e do Esporte


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