Travestido de brincadeira, o bullying afeta um em cada três adolescentes no mundo, de acordo com dados do Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância]. A escola é o ambiente propício para as brincadeiras, nada engraçadas, que ofendem e intimidam. É no ambiente escolar que as crianças e adolescentes se confrontam com mais frequência com o diferente, seja na cor da pele, dos olhos, no aspecto do cabelo, no formato do corpo, na estatura ou na maneira de agir e de pensar. Informações da Agência Brasil.
Para evitar que as diferenças se transformem em violência física e psicológica desde a infância, a coordenadora pedagógica de uma escola no centro de Brasília, Camila Costa, desenvolve com frequência ações junto com professores e alunos desde os primeiros anos de idade escolar
“Quando a gente percebe uma situação de bullying acontecendo, as crianças mesmo trazem pra mim, que sou a orientadora para resolver o conflito porque elas sabem observar e sabem até avaliar se é uma questão de conflito corriqueiro ou se é o bullying. O bullying é sistemático, ele acontece de forma constante”, explica a pedagoga.
A professora também comenta as cargas que tanto os agressores quanto as vítimas carregam por causa do bullying e que se não forem tratadas podem refletir na adolescência.
“Normalmente a criança que é agressora do bullying ela tá praticando por ter sofrido bullying em uma determinada época da sua vida ou está tentando chamar atenção. Uma criança que é uma suposta vítima do bullying fica mais tristonha, fica mais fica mais isolada do grupo. Numa atitude de bullying tanto a vítima tem que ser cuidada quanto agressor”, ressalta a educadora.
Dados do IBGE, coletados entre adolescentes de 13 a 15 anos mostram que quase 195 mil alunos nessa faixa etária disseram ter sofrido bullying por parte de colegas de escola.
A maior queixa das vítimas é das zombarias pela aparência do corpo ou do rosto. A mesma pesquisa mostra que 520 mil alunos confessaram já ter praticado bullying. Os meninos são os que mais agridem.
