Desenvolvimento de Vitória da Conquista | Sheila fala de ações e avalia perspectivas com a Comunidade Maçônica

Fotos: SECOM | PMVC

Atendendo a convite da Comunidade Maçônica, a prefeita Ana Sheila Lemos Andrade, do União Brasil, esteve na Loja Maçônica Fraternidade Conquistense, para uma reunião em que avaliou o cenário de desenvolvimento de Vitória da Conquista, novas perspectivas e ações que estão sendo desenvolvidas. A reunião da noite de segunda-feira (16) teve o objetivo principal de estreitar os laços entre as partes, como disse o venerável-mestre Edilson Perera Souza. “Neste primeiro momento, é para que a prefeita Sheila Lemos conheça melhor a nossa instituição. E que, dessa forma, ela possa ajudar nos nossos objetivos, e a gente possa também ajudar a Prefeitura, apoiando no que ela precisar”, explicou Edilson.

“Uma vez que a Prefeitura tem o trabalho voltado para os seus munícipes, faz-se necessário que a Maçonaria, como agente colaboradora dos órgãos públicos e que tem como objetivo ajudar a sociedade do ponto de vista filantrópico, é importante que tenhamos os laços estreitados para podermos trabalhar juntos pelo bem comum, que é a sociedade”, reforçou o líder da Fraternidade Conquistense. A reunião contou com representantes de todas as 14 lojas maçônicas que atuam regularmente em Vitória da Conquista. A mesa que dirigiu os trabalhos reuniu veneráveis-mestres de dez dessas lojas, que, juntas, representavam cerca de 500 maçons.

Um dos veneráveis, George Challub, da loja União e Liberdade Conquistense, explicou que, em sintonia com a recomendação maçônica de não incluir a política partidária entre os assuntos internos, interessa à categoria a discussão política para além das divisões ideológicas. “A maior política do maçom é o amor ao próximo, o amor fraternal”, assegurou. Por sua vez, a prefeita Sheila Lemos mencionou as dificuldades financeiras que limitam o trabalho da Prefeitura. “Estamos trabalhando, ajustando as coisas, porque as dificuldades são imensas”, explicou, fazendo referência à distribuição da receita tributária nacional que destina aos municípios valores irrisórios, comparando com o que fica para a União e para os Estados, insuficientes para maiores investimentos.

“Nós, prefeitos municipalistas, lutamos por uma distribuição mais justa dessas receitas”, disse a prefeita. Dessa forma, explicou a gestora, a arrecadação própria não permite que a Prefeitura faça investimentos vultosos, o que leva o Governo Municipal de Vitória da Conquista a depender de emendas parlamentares e financiamentos. Sheila sintetizou a busca que vem sendo feita por recursos para concretizar os projetos. A gestora falou aos maçons sobre o empréstimo internacional no valor de US$ 71,4 milhões, pleiteado pelo Município de Vitória da Conquista junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). Ela disse que para que o dinheiro esteja à disposição do Governo Municipal [o que deverá ocorrer em 2023], a Prefeitura está envolvida no preparo da documentação necessária, etapa que deve levar ainda alguns meses para ser concluída.

Assim que essa fase for vencida, o pleito será submetido a análises na esfera federal. O dinheiro proveniente do empréstimo internacional será destinado a uma série de obras de infraestrutura, como drenagem, pavimentação, ciclovias e espaços esportivos nos bairros circunscritos ao Anel Rodoviário Jadiel Vieira Matos. “São investimentos altíssimos, que não conseguiríamos fazer de forma nenhuma apenas com recursos municipais”, afirmou a gestora. Ao enumerar os projetos priorizados pela Prefeitura, a prefeita deu preferência a um olhar para o futuro. Tratou de iniciativas não apenas na alçada do Município, como a construção de novas vias urbanas para desafogar o tráfego e o acesso alternativo ao Aeroporto Glauber Rocha, mas de investimentos de outros entes, que poderão dinamizar o cotidiano do município, como a duplicação da rodovia BR-116, a construção de viadutos e passarelas no anel viário e a barragem do Rio Pardo, que poderá pôr fim aos problemas de abastecimento de água da região.

“Temos de nos unir para cobrar, sem olhar para bandeiras partidárias”, complementou Sheila Lemos. A prefeita chamou a atenção para a mudança que vem ocorrendo nas demandas regionais que faziam com que Vitória da Conquista chegasse ao patamar atual de prestação de serviços, como polo regional, por exemplo, nas áreas de educação e saúde. Ela deu exemplo de serviços de saúde que antes eram encontrados apenas em Vitória da Conquista, como ultrassonografia, tomografia, etc., e atraíam muitas pessoas de municípios da região e hoje, já não vêm mais à cidade, como antes, porque muitos municípios já disponibilizam os mesmos serviços, o que diminuiu o fluxo de pessoas em busca de tratamento. Da mesma forma, muitos dos cursos de graduação existentes em Conquista também já podem ser encontrados em cidades da região ou mesmo à distância.

Por isso, segundo Sheila, torna-se necessário que Vitória da Conquista se adapte a essa mudança de demandas. Por exemplo, voltando-se para os serviços de saúde de alta complexidade e implantando novos cursos de mestrado e doutorado, além de residências médicas. “Para Vitória da Conquista continuar a ser uma referência, precisamos de altos investimentos”, vaticinou a prefeita. Durante a reunião, a prefeita Sheila Lemos foi convidada pelo venerável-mestre da Loja Maçônica Pensadores Livres, Ricardo Silveira, a comparecer à cerimônia comemorativa dos 200 anos da Potência Maçônica Grande Oriente do Brasil (GOB), cuja etapa Vitória da Conquista deverá ser realizada em agosto, com data ainda a definir. O GOB é a mais antiga Potência Maçônica [associação de lojas maçônicas, também chamada de Obediência Maçônica] do Brasil. Segundo Ricardo Silveira, a prefeita será agraciada na ocasião com o prêmio Anita Garibaldi, na categoria Mulher do Ano.


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