Operação da Polícia Federal | ‘se a PF prendeu, tem motivo’, diz Bolsonaro após prisão de Milton Ribeiro

Foto: Edu Andrade | ME

O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por agentes da Polícia Federal. Ribeiro é investigado por tráfico de influência e corrupção na gestão dos recursos do FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação]. “Nós afastamos ele. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal de que a Polícia Federal está agindo. Ele responda pelos atos dele. É um sinal de que eu não interfiro na PF. Se prendeu, tem um motivo. Se alguém faz algo de errado, vai botar a culpa em mim?”, disse. O presidente também afirmou que Ribeiro mantinha “conversa informal demais com pessoas da confiança dele” e que a corrupção “é zero” no governo atual. Bolsonaro convidou Ribeiro para assumir a chefia do MEC após a saída de Abraham Weintraub da pasta. Ele foi o quarto ministro a comandar a Educação em apenas um ano e meio de governo. Na época das denúnicas, o chefe do Executivo chegou a dizer que o pastor era alvo de “uma covardia”. “Milton, coisa rara de falar aqui: eu boto a minha cara no fogo pelo Milton, minha cara toda no fogo pelo Milton”, declarou Bolsonaro. O ex-ministro foi preso em casa, em Santos. Ele será levado a São Paulo e depois transferido para Brasília. O mandado de prisão de Ribeiro cita que ele é suspeito de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão em Goiás, São Paulo, Pará e no Distrito Federal. Também foram presos os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, apontados como lobistas que atuavam no MEC.

As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. A investigação corre sob sigilo. Em nota, o Ministério da Educação disse que “não compactua com qualquer ato irregular e continuará a colaborar com as investigações”.


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