Jorge Maia | Beócia, 31 de Fevereiro de um ano qualquer

Foto: BLOG DO ANDERSON

Jorge Maia | Professor e Advogado

Querido Jorge Maia, posso chama-lo de querido? Sempre pergunto, isso é para evitar algum ciúme, algumas pessoas pensam errado a meu respeito. Talvez seja por conta do meu nome, Maria Periguete, mas nada a ver. Tenho uma paixão por um amigo seu que mora na Noruega e não consigo amar a mais ninguém. Desde o início da pandemia que estou reclusa e em meditação, me alimento de gafanhoto e mel, e não aguento mais. Certo é que tenho desenvolvido uma tendencia sensitiva e confirmei isso nesta semana; algo me dizia que Francis estava chegando. Aconteceu quando um avião cruzando os céus da Beócia, já sobrevoando os alpes da Suíça Baiana, Serra do Peri-Peri, conhecida popularmente como Serra do Pripiri. Leia na íntegra.

Meu coração, de um sereno jeito, sentiu que Francis estava chegando e derramei em lágrimas as minhas emoções. Não basta o meu choro pela saída da copa do Qatar da seleção beócica. Foi um choro confuso. O tempo haverá de nos consolar.

Parece que tudo do eu gosto mora no estrangeiro: nossos jogadores e a minha paixão. Parece uma sina, pois acredito no destino, igual aos antigos gregos que acreditavam em mitos. Imagine!

A seleção é uma as poucas coisas que aproxima o nosso povo e quando ela joga mal dissipa as nossas simpatias e caímos na vala comum do descontentamento. O nosso sentimento de vira-latas se acentua e nada nos faz sorrir.

Aceite a minha despedida, com a recomendação de informar a Francis que eu sei que ele está entre nós e, por favor, evite comidas pesadas: bife acompanhado de ouro, prata, diamantes e petróleo, pois são indigestas.

Segue um abraço, destas doces e suaves terras da Beócia. 151222


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