Eduardo Moraes | o Brasil, é ainda o país do Futebol?

Foto: BLOG DO ANDERSON

Eduardo Moraes

O Brasil, perdeu no dia de hoje 29 de dezembro de 2022, o seu Rei, Edson Arantes do Nascimento, conhecido mundialmente como Pelé. O menino pobre, nascido na cidade de Três Corações-MG, jamais imaginou um dia, ser Rei do futebol mundial, unificar, representar o país e a alegria do seu povo, através desse esporte. A Copa de 1958 se rendeu ao talento de Pelé. Nelson Rodrigues, em uma de suas crónicas, o chama de o Príncipe Etíope. “Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope”, escreveu Nelson na Manchete Esportiva, encantado com o que havia feito o adolescente. “Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: – a de se sentir rei, da cabeça aos pés”. Para o futebol brasileiro, lamentavelmente o ano de 2022, será lembrado pelo vexame da Seleção brasileira de futebol, na Copa do Qatar(um uma medíocre sétima colocação. Ver tabela a baixo) , e pela morte de Pelé, uma lenda do futebol arte, esse jeito de jogar bola, que o Brasil inventou, mas que com o passar dos anos, perdeu essa conexão e identidade com a pátria do futebol. Confira na íntegra.

Após a derrota por 7×1 no ano de 2014, em pleno Maracanã, para a Seleção Alemã, a nossa seleção, terminou sofrendo influências, e foi capturada pelo movimento bolsonarista surgido em 2013,o que inicialmente parecia se espontâneo, contra o aumento das passagens do transporte público em São Paulo, o que levou ao processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, em 2016. Essa captura, tornou, a seleção, sem liga e identidade cultural com o país e o seu povo. O que a fez, ausente de um pertencimento e sentimento coletivo pelo/do povo brasileiro.

A paixão do brasileiro pelo futebol, o faz, se sentir representado, pela magia desse esporte. A desclassificação prematura da Seleção Brasileira, não que à CBF, ou o seu treinador, em algum momento, tenham se manifestado, em favor do atual governo, que graças a Deus, acabou. Mas simbolicamente, a não conquista do título de hexacampeão, significa o sepultamento desse movimento milicianofaciscta, que foi derrotado nas urnas, nas últimas eleições.

A vitória do Lula, político, que inspira, unifica e representa a maioria do povo brasileiro, contribuirá também para a construção de um novo momento, no esporte, e quicar, a consolidação de uma seleção, com identidade, cara e jeito, que represente o nosso povo e, consequentemente, conquiste o hexacampeonato em 2026.

Talvez ainda, seja cedo, para fazer uma análise do que foi a participação da Seleção brasileira, na icônica Copa do Mundo de Futebol do Qatar. Mas peço licença, e enquanto brasileiro apaixonado pelas estratégias e estética desse esporte, ouso-me aqui, registrar as minha breves memórias, sobre a participação da nossa seleção, nessa Copa de futebol de 2022. E torço para que já a partir de 2023, com o Brasil pacificado. e o seu povo tomado de esperança, a seleção volte e ser, nossa seleção brasileira, representante dos ideais de nação.

E para isso, seleção brasileira, pode jogar um papel essencial no fortalecimento desse sentimento de unidade nacional. E que isso aconteça, juntamente com a redescoberta, do sentimento de brasilidade, no sentido de inclusão, oportunidades iguais, pertencimento e o fortalecimento da ideia de unidade, que, certamente, será recuperada nesse novo momento que se inaugura de um Brasil do amor e da democracia.

A vitória do Lula, nos inspira, unifica e representa a maioria dos brasileiros. Agora, de esperanças renovadas, com a sua vitória, reacende-se a chama do sentimento de coletividade, solidariedade, , e amor ao próximo, invés do ódio. Assim, põe-se fim a ideologia do individualismo, do egoísmo, da mentira, nesse que foi o pior período da nossa história, para a maioria do nosso povo, e que isso se reflita também em nossa seleção de futebol, uma seleção que identifique-se com o Brasil, e voltaremos a ser o país do futebol, como disse Gilberto Freyre, em sua obra clássica , Casa Grande e Senzala, de 1933.
BRASIL: DESEMPENHO COPA A COPA
ANO JOGOS VITÓRIAS EMPATES DERROTAS GP GC COLOCAÇÃO FINAL
1934 1 0 0 1 1 3 14º lugar
1966 3 1 0 2 4 6 11º lugar
1990 4 3 0 1 4 2 9º lugar
2022 5 3 1 1 8 3 7º lugar
1930 2 1 0 1 5 2 6º lugar
1954 3 1 1 1 8 5 6º lugar
2018 5 3 1 1 7 1 6º lugar

Fonte: CBF
Eduardo Moraes
Historiador-UESB
Pós Graduado em Gestão Pública-UCSAL
Graduando em Filosofia – UESB


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