O Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre os automóveis voltou à chamada “alíquota cheia” desde o último dia 1º. E para compensar essa mudança, que veio após dois anos e meio de redução, as concessionárias estão apostando em promoções, para não perder clientes. Há quem, inclusive, ofereça a taxa zero – o que pode ocorrer, pelo menos, até esvaziar o estoque. Os megafeirões também são saídas para manter os apelos e compensar o fim da redução no imposto. “Você vai ver as promoções ‘venha na concessionária tal porque aqui o IPI continua o mesmo’, ‘não temos elevação de IPI’. É razoável, por questões são estoques antigos. Então, é por isso que eu acho que até meados de fevereiro a gente está gastando o estoque que veio no final do ano passado”, afirmou Tereza Fernandes, diretora da consultoria MB Associados. Confira a reportagem do G1.
O ano de 2014 não foi bom para as montadoras. As vendas de veículos caíram em torno de 7%, comparando com o ano anterior. Ainda assim, dezembro foi um dos melhores meses de vendas da história da indústria automobilística no Brasil. É que muita gente antecipou a compra para fugir do aumento do IPI. Agora, é só uma questão de tempo para os preços mudarem.
A linha que tinha mais redução do imposto era a de carros 1.0, por ser a que mais vende. O imposto saiu dos 3% e voltou para os 7%. Por exemplo: um carro que custa R$ 35.990, pois o IPI continua reduzido, sem o desconto, o preço deve subir para R$ 37.400.
“Quem está pensando em comprar e está com dinheiro reservado, vai lá e compra porque, de fato, vai comprar mais barato. Agora, quem ainda não tem dinheiro, vai ter que ver se consegue financiamento, em que condições, lembrar que os juros estão mais altos. Tem que olhar direitinho”, explica Tereza.
O gerente de risco Dássio Ventura está fazendo isso. De loja em loja, ele tem procurado o modelo que mais lhe agrada e, claro, o melhor preço. No entanto, sabe que precisa decidir logo, se ainda quiser aproveitar os efeitos do IPI com desconto. “Como tem esse um mês ainda de sobra, você pode observar e ver se vai valer a pena partir para um carro zero ou buscar no mercado usado uma outra opção”, afirmou ao G1.
