Atribuem a Nelson Rodrigues frases e expressões idiomáticas que se transformaram em verdadeiras sentenças nacionais. Algumas dessas frases quase se converteram em mandamentos para os membros do fã clube do grande autor. Uma das mais famosas é aquela em que de repente, sem se conter diante do amor do Povo brasileiro pelo futebol exclamou: O Futebol é a Pátria de chuteiras! Naquele momento, Nelson havia criado, pelo instinto do gênio, uma expressão que nunca mais sairia de nossas mentes.
Colunistas
O legado da Copa
Ivan Cordeiro
A Copa do Mundo no Brasil vai servir dentre muitas outras finalidades para mostrar ao mundo como o governo federal administra mal a nossa nação. Será manifesto o tamanho da ineficiência na gestão pública. Deixaremos um legado definitivo para os países aqui representados de como a nossa infraestrutura é precária e insuficiente para o desenvolvimento de uma nação. Sem falar das obras necessárias para sediar uma Copa do Mundo.
Sabedoria Popular
Viagens de um tropeiro
Jorge Maia
Meu foi tropeiro dos dezessete aos vinte anos. Por três anos seguidos viajou conduzindo tropas pelo sertão da Bahia. Seu roteiro era longo e passava pelas dificuldades e privações que o caminho determinava.
Partindo de Aracatu, seguia para Contendas levando mamona e algodão. A viagem era longa, o sol inclemente e iniciava a sua jornada logo cedo. A tropa descansava a partir das quatro da tarde, sempre em local que havia pastagem e ali permaneceria até três da manhã, quando os homens já tinha avançado em prato de feijoada feita com muito toucinho. Afinal, o trabalho era árduo e exigia sustança para aguentar aquele rojão.
Com uma bandeira na mão
Dizem que do mundo todo nada ainda eu descobri, mas de que vale o mundo todo, se todo o meu mundo é aqui?
Chico Buarque
Por Newton Camargo
A Copa do Mundo de Futebol, organizada pela FIFA, e que vai ocorrer no Brasil a partir de 12 de junho de 2014 tem mobilizado corações e mentes por este país afora.
É tanta informação e desinformação veiculadas nos órgãos de comunicação e nas redes sociais, que todo cidadão pode tomar partido de opiniões que às vezes não têm nada a ver com a realidade dos fatos, sejam opiniões contra ou a favor do evento.
A juventude na política
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Com cerca de 50 milhões de jovens, o Brasil experimenta um novo protagonismo juvenil no que se refere às questões políticas. Há um despertar da juventude sobre a sua participação na vida pública, despertar que alcançou o seu deslumbramento nas manifestações de junho do ano passado. Naquele momento foi visível uma participação não apenas de grupos organizados, dentre eles os movimentos sociais, mas também de jovens que sem participar de uma agremiação partidária, também foram para as ruas protestar. E assim deve ser para que dias melhores sobrevenham em nosso país. Os jovens têm muito a contribuir para a transformação do caos social em que nos encontramos.
A voz de Conquista
Jorge Maia
Eu era menino, e não faz muito tempo, e acostumava ouvir uma série de ritmos musicais das mais diversas fontes, de modo que tenho um gosto variado, que vai dos Beatles a Cascatinha e Inhana. Ouvia a Rádio Clube, a Radio Bandeirantes com Hélio Ribeiro, a Rádio Jovem Pan com BIG Boy, Aroldo de Andrade da Globo, pela manhã. Algumas vezes ouvi a narração de futebol de Fiori Gigliotti: abrem-se as cortinas, começa o espetáculo torcida brasileira, era a copa do mundo, pela rádio bandeirantes.
Progredir sempre! Esta é a lei.
Adão Albuquerque
E nessas voltas que o mundo dá, eis que reencontro um velho amigo, destes que o tempo resolveu nos esconder em suas dobras, usando a distância como mote. E como ele estava diferente! Pareceu-me mais bonito, pelo menos mais elegante, logo ele que nunca soube conjugar a palavra estilo, agora reaparecia afinado com a moda: Cabelo com corte moderno, roupas alinhadas, de bom corte, cheirando a griffe. Seria ele mesmo?

Greve: Um direito real do trabalhador e um erro social do líder ambicioso
O instituto da greve ainda permanece como instrumento de reivindicação ocupacional e é fruto de uma das mais sagradas conquistas do trabalhador nas sociedades avançadas. Desde sua utilização por trabalhadores franceses, insatisfeitos com os padrões de remuneração salarial e condições de trabalho que lhes eram impostas, a greve se apresenta como um instrumento mediador entre a realidade de quem detém o Capital e a necessidade de quem oferece o Trabalho.
Opinião: A Copa que o Brasil perdeu sem nem entrar em campo
Micael Batista Silveira
Como não sou tão assíduo em Futebol, nem entrarei no mérito da Seleção Brasileira em vencer a Copa do Mundo em 2014. Muito embora pensando que ela esteja apta a levantar a taça na final deste mundial, penso com os meus botões que o pais já perdeu desde o início com essa gastança com o dinheiro público. Conseguiram tirar o brilho até do que o brasileiro mais gosta: O Futebol. Mancharam de vermelho o brilho do verde e amarelo.
Memória dos cárceres de Alagoas
O Fechamento do Cairo Center
Pois bem, para mim o fechamento do Cairo Center é como a morte de alguém querido. Pois, foi lá que comprei a maioria dos meus livros. Lá encontrei-me com Florentino Ariza, com o doutor Fausto, Cubas e tantos “loucos” com suas elegias e suas tragédias pessoais e eternas.
Limites e palmadas
Dia destes conheci piada, obra de um dos nossos maravilhosos cartunistas, que falava do ser desnecessário aplicar aos nascituros brasileiros, pequena palmada capaz de fazê-los chorar por conta do ato. Assim que os infantes sabiam estar nascendo no nosso país, se punham a soluçar copiosamente.
Confesso, não pude conter o riso, mas, a despeito da mensagem clara, em face de tantos fatos obscuros ocorrendo na terra brasilis, prefiro acreditar que nossos bebês virão sempre chorando de felicidade, não por tristeza, medo, ou decepção. Também se chora por ser afortunado e, graças a Deus, a esperança de dias melhores não me abandona.
Um ano depois
Jorge Maia
Tudo começou há um ano. Foi na ultima semana de maio de 2013 que publicamos a nossa primeira crônica. Eu havia prometido a Anderson que escreveria algo para o seu blog e cumpri a promessa enviando um pequeno texto sobre a minha máquina olivett . De lá para cá foram cinquenta e duas crônicas em que retratamos algumas curiosidades sobre a nossa cidade. Mas falamos sobretudo da nossa querida Beócia, um lugar que chama a atenção por sua magia e por sua dessemelhança, um universo paralelo e arrudiado de realismo mágico. Seus moradores, tal qual Maria Periguete e Maria Joaquina do Amaral Pereira Góes, volta e meia estão fazendo das suas e não é sem motivo que encontro pessoas que perguntam: Onde fica a Beócia? Outros perguntam: como vai a Beócia? Respondo com um sorriso, deixando que tirem suas conclusões, pois sei que em breve elas entenderão, pois estamos falando da mais real das ficções.
Polícia e ladrão: de que lado você está?
Alexsandro de Oliveira e Silva
Há vinte anos ingressei na Polícia Militar, passei a viver aquela rotina, hoje estou na direção de uma Unidade Prisional, agora observo a rotina dos presos. Neste texto pretendo demonstrar as diferenças entre este antagonismo. Quando o cidadão ingressa na corporação faz um juramento em que promete regular a conduta pelos preceitos da moral e dedicar à segurança da sociedade mesmo com o risco da própria vida. Quando o ladrão é batizado no crime pelas facções criminosas ele promete lealdade, respeito e solidariedade aos “irmãos”, aquele que estiver em liberdade, mas esquecer de contribuir com os “irmãos” que estão na cadeia, serão condenados à morte sem perdão, prometem também travar uma guerra sem trégua, sem fronteira, até a vitória final.
Os Trepidantes e Os Imborés
Luís Fernandes | Taberna da HIstória
No mundo, The Beatles, The Rolling Stones e The Who; no Brasil, The Fevers; em Vitória da Conquista, “Os Trepidantes” e “Os Imborés” seguiram a tendência mundial e nacional. Essas duas bandas foram criadas no embalo do “Iê-Iê-Iê” (usado como denominação do rock’n’roll brasileiro da década de 1960). O termo surgiu a partir da expressão yeah, yeah, yeah, presente em algumas canções dos Beatles, como She Loves You.
Os Trepidantes, banda criada pelo ambientalista André Cairo, tinha na bateria Edmundo Souza (“Seca Gás”), no vocal/guitarra solo/base André Cairo, na guitarra solo/base Romano e no vocal e baixo Vivaldo. Já OS IMBORÉS tinham como vocalista o multilinguístico José Maria Ferreira da Silva (ou simplesmente “Zeca Metal”). Percebe-se em ambas as fotos que os bumbos das baterias tinham os nomes das bandas, seguindo o padrão das bandas inglesas dos anos 60.

Magnólia e Beleza Americana
Jorge Maia
Eu sempre senti uma certa desconfiança com a mensagem contida na cédula do dinheiro americano: em Deus nós confiamos. Como é possível um povo tão religioso misturar dois significados tão diferentes: Deus e César estão no mesmo pacote. Estranho, mas é assim. Um povo que possui bom desenvolvimento e qualidade de vida, despontam como sendo um povo tolo. Seu crescimento deve-se mais ao cérebros que alugam ou compram pelo mundo fora.
Visita a Montes Claros
Andreson Ribeiro
No sábado de Carnaval (01.03.14), aproveitei o feriadão, e fui a Montes Claros, para matar a saudade da cidade e rever algumas pessoas. Matar a saudade porque durante 03 anos – 1995,1996 e 1997 -, há cerca de 17 anos, residi nessa cidade, onde cursei o 2º grau no Colégio Biotécnico, à época campeão de aprovação no Vestibular da UNIMONTES. Nessa visita, não obstante Montes Claros ser uma cidade muito povoada, que há anos já era um Polo Comercial, de Serviços e, sobretudo Educacional de referência para todo o Brasil, que bem servia todo o Norte de Minas, inclusive vale a pena destacar que, como prova dessa “antiga pujança”, no início da década de 80, já havia nesse município cursos de Medicina e de Direito numa Universidade Pública, no caso a UNIMONTES, constatei que a querida Montes Claros, carinhosamente conhecida pela alcunha de MOC, não avançou, ou melhor, pouco avançou…
Mãe, quem sabe, única verdade
Fujo de shopping apinhado na minha querida Soterópolis, no fim deste sábado, véspera do segundo domingo de maio. Caminho no estacionamento sem vagas, a procura do local onde deveria estar meu carro, quando jovem criatura me pergunta: O senhor está saindo? Acenei positivamente e indiquei a direção em que sabia estar ele guardado. Ela retrucou: É vaga reservada para idoso?
Em princípio fiz de conta que a primeira resposta acontecera por força de leitura labial, assim, estribado na minha senilidade visível fui em frente, com ouvidos moucos, próprios dos gastos. Mas, rapidamente me voltei sorrindo para informar não saber ao certo este detalhe. Falava a verdade. Fora Roberta, minha domadora quem chegara ali, onde já estava desde cedo e colocara o automotor na vaga.
Perainda
Jorge Maia
Eu era menino, e não faz muito tempo, quando eu ouvia minha mãe usar a expressão “perainda” sempre que alguém lhe pedia pressa, ou lhe cobrava uma resposta mais imediata e a usava mesmo na sua idade mais avançada, quando naquelas circunstâncias. Perainda, pensando bem, parece uma palavra tupi guarani, mas se pronunciada muito rápido e com um som mais gutural parece japonês.
O certo é que é uma palavra nossa, aqui do nordeste. Mas as palavras são assim, poéticas, pesadas, mansas ou agressivas. Talvez, ou certamente, o que promoveu o desenvolvimento do ser humano, em razão do poder de comunicação e aqui não vale citar o papagaio, que apesar de falar algo, não comunica criatividade.