
O celular estava apinhado de mensagens dos amigos, mas Diego Aragão queria mesmo era escutar a voz de uma pessoa pouco entrosada com a tecnologia. Na casa onde criou o neto, no humilde bairro de Fátima, em Itabuna, dona Hilda esperava ansiosa pela ligação. “Eu vi e chorei. Foi a mão de Deus, meu filho. Foi o mais bonito dos três. Um golaço”, parabenizou cheia de dengo. O meia do Vitória da Conquista, autor do segundo gol do triunfo por 3×0 contra o Bahia, domingo, escutou as palavras da avó com lágrimas. “Quando tinha 10 anos disse a minha vó que iria ganhar muito dinheiro pra ajudar ela. Sempre me acompanhou. Fui criado na casa dela com muita dificuldade. Eu nunca cheguei num time grande, mas tenho esse sonho”, diz Aragão. Aos 28 anos, o jogador acredita que o título estadual pode ajudar a concretizar o sonho tardio. “Mudaria muita coisa. Acho que vai aparecer muita coisa boa e não só pra mim”. Confira a reportagem do Correio.