
Aos 77 anos, o aposentado Firmino Santos pisou mais uma vez no campo do Estádio Municipal Edvaldo Flores, ao fim da tarde desta sexta-feira (14). Ele conhece bem o local desde que, ainda jovem, na década de 60, jogou em equipes amadoras da cidade, como o União e o Comercial. Perdeu as contas do número de jogos que disputou no estádio. O que o atraiu desta vez, no entanto, foi o aspecto do local, bem diferente da época em que ele entrava em campo como atleta. Agora, uma camada de grama sintética está sendo aplicada e em breve ocupará toda a extensão do campo. Como os jogadores do passado costumavam fazer antes das partidas, Firmino se abaixou e sentiu a grama entre os dedos. Bem diferente da terra batida com que se acostumou em seus tempos de jogador. “É uma beleza, né?”, comentou ele. “A idade já chegou e não dá para jogar novamente. As pernas não aguentam mais. Mas bem que eu tinha vontade…”
Padrão Fifa – A sensação de Firmino se justifica. A aplicação da grama sintética faz parte de um intenso trabalho de recuperação do estádio, desenvolvido pela Prefeitura Municipal. É inegável o impacto visual que a novidade gera em quem visita o interior do estádio. As dimensões do campo – 100 por 70 metros de área de jogo – o credenciam como oficial, de acordo com normas da Fifa. Os tapetes de grama sintética estão sendo esticados sobre o campo. Logo após esse processo inicial, eles serão colados um ao outro e a grama será refilada e receberá a demarcação dos setores do campo. Em seguida, será aplicada sobre ela uma camada de grânulos de borracha, que tornará o campo mais compacto e equalizado. O processo é necessário para que a bola possa percorrê-lo com a mesma velocidade que teria num gramado natural.