
Jorge Maia | Advogado e Professor
Pessoas há que não vão a um evento sob a alegação de não ter uma roupa para ir. O simples exame dos seu guarda-roupa seria suficiente para encontrar uma profusão de roupas variadas, o que tornaria difícil a escolha: “com que roupa eu vou?” Houve um tempo que não era assim. Todos tinham uma roupa específica para sair; ir ao médico, ir votar, ao cinema, ao velório, à missa ou ao culto. Era uma roupa só. Digo, era a mesma muda de roupa. Polivalente e identificada por todos como sendo a domingueira. Identificada por todos os conhecidos e amigos. Era a roupa de luxo para ocasiões especiais. Vesti-la em dia comum era motivo para chamar a atenção de vizinhança que perguntava logo: o que houve? Vai para onde? Não trazia etiqueta, era produzida pelo alfaiate da esquina ou pela modista do bairro. Tudo muito simples, sem esconder a vaidade de quem exibia a sua domingueira, assim chamada por ser a roupa de uso a cada domingo e denunciava a vida social de cada um em seu dia especial ou da sua ida a um lugar que exigia maior cuidado com a aparência. Leia a crônica na íntegra.