Na noite de quarta-feira (4), na BR-110, em Olindina, no Nordeste Baiano, um grave acidente entre dois ônibus e uma carreta resultou em cinco mortos e 36 feridos. O choque envolveu 90 pessoas no total. Inicialmente, havia sido informado que 21 pessoas estavam feridas, mas o número foi corrigido para 36, com quatro vítimas em estado grave.
O acidente ocorreu após o motorista de um dos ônibus desviar de um veículo para evitar a colisão, mas acabou batendo na carreta que estava parada no acostamento. O segundo ônibus, que seguia logo atrás, também colidiu com os veículos. A carreta havia sido deixada no local após um incêndio na segunda-feira (3) e aguardava remoção. As vítimas fatais foram identificadas como Domingos Ferreira dos Santos, de 44 anos, Tatiana Silva dos Santos, de 39 anos, Cintia Evangelista da Silva, de 45 anos, Carlos Evangelista da Silva, de 51 anos, e Gecirlene Moreira dos Santos, de 42 anos. Carlos e Cintia, um casal de comerciantes, moravam em Gandu, no Sul da Bahia, e serão enterrados na cidade. Tatiana, também residente em Gandu e comerciante em Itamaraty, será velada na sexta-feira (6), enquanto Domingos foi sepultado em Feira de Santana.
O velório de Gecirlene ainda não tem data definida. A falta de sinalização da carreta foi apontada como causa do acidente. No entanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) esclareceu que o veículo estava sinalizado e aguardava remoção especializada. O impacto destruiu completamente os três veículos, com bancos dos ônibus espalhados pela pista e o tanque da carreta, vazio, se desprendendo de sua estrutura.
A noite de segunda-feira (2) foi marcada por uma celebração que, sem dúvida, ficará na memória, relembrando o legado de Dionísia Oliveira da Silva, a Dona Dió, a primeira Baiana de Acarajé de Vitória da Conquista.
Realizada na Praça Orlando Leite, também conhecida como Pracinha Doutor Gil, a inauguração das novas estruturas da Baiana de Gil, sob o comando de Carmelita Silva Moreira, a Dona Carmem, deu ainda mais significado à ocasião. Com seu carisma e a qualidade impecável de seus quitutes, Dona Carmem conquistou o coração da Cidade Natal de Dona Dió ao iniciar sua trajetória com o tabuleiro há exatos 48 anos, quando tinha apenas 22 anos. Mulher dinâmica e admirada por sua energia contagiante, Dona Carmem comemorou este marco significativo ao lado de sua família, amigos e clientes, com a presença de filhos, netos e irmãos.
De grande relevância à Cultura Conquistense, a celebração foi registrada pelo BLOG DO ANDERSON, que capturou imagens que, assim como as de Dona Dió, certamente ficarão gravadas na história de Vitória da Conquista, perpetuando o legado das Baianas de Acarajé na Joia do Sertão Baiano.
O Centro Cultural Glauber Rocha ficou pequeno na noite da quinta-feira (20), para receber a multidão de jovens, crianças e adultos que foram prestigiar Nadson O Ferinha. Sucesso em todo o Brasil, Nadson fez uma apresentação com bastante pirotecnia, músicas conhecidas por todos, animando as mais de 25 mil pessoas com o seu estilo brega e arrocha. A música “Você tem namorado, moça?” levou a multidão ao delírio, cantando numa só voz com as mãos levantadas e lágrimas nos olhos. Essa foi a primeira vez de Nadson no palco do Arraiá da Conquista, e o que ele prometeu, cumpriu: uma noite de muita “sofrência”, com sucessos próprios e outras canções populares, ao som de muito arrocha.
“Eu fico muito feliz por ter uma recepção tão calorosa em Vitória da Conquista, essa cidade que sempre me acolhe muito bem e que sempre prestigia minhas músicas e shows. Eu tenho um carinho especial por essa cidade e fico ainda mais agradecido por tocar nessa festa maravilhosa, pela primeira vez, com muito arrocha e repertório atualizado”, comemorou o cantor. Autêntico e de um carisma cativante, Nadson de Jesus Alves, de 22 anos, nascido em Tobias Barreto, vem conquistando um público cada vez maior, especialmente durante as festividades juninas, onde o São João se torna o cenário ideal para seu talento brilhar.
Revelação de música regional nos últimos anos, o cantor e compositor começou a tocar aos 11 anos, apresentando-se em regiões locais de Sergipe, seu estado natal. Há três anos, o Ferinha ganhou destaque nacional com o hit “Na ponta do Pé”, que recebeu o ritmo brega funk na voz do cantor. Ao ser citado no maior reality show do Brasil por um dos participantes, que é baiano, Nadson tomou proporções ainda maiores, sendo um dos artistas mais esperados por onde passa. Na temporada anterior, ganhou o Prêmio Multishow de Música Brasileira na categoria Brega e Arrocha do Ano, com a música Sinal, em parceria com João Gomes. Durante a apresentação, Nadson surpreendeu a todos com um convite inusitado. Chamou ao palco seu fã mirim Saulo Bonfim Pinheiro, de 7 anos. Acompanhado dos irmãos na festa, ele realizou o seu maior sonho: cantar com seu ídolo.
“Eu gosto de Nadson mais do que eu gosto dos outros cantores. Para mim, foi uma inspiração como eu nunca tive. Eu fiquei muito feliz”, contou o garotinho, mais conhecido como Saulinho Ferinha. Sem dúvida, todos vibraram com a “dupla”. Os fãs do Ferinha chegaram assim que os portões do Centro Cultural Glauber Rocha foram abertos, a fim de garantir um local especial na frente do palco. Foi o caso de Liliane Santos Ferraz, que veio da Zona Rural de Vitória da Conquista, Povoado de Baixão, só para ver o cantor. “Ele é meu ídolo! Eu o amo demais! O repertório dele já está na minha cabeça. Estou muito feliz em poder vê-lo assim tão de perto”, confessou. Acompanhando Liliane, estava sua amiga Taís de Jesus, tão emocionada quanto.
“Hoje eu vim só para ver Nadson! Essa coisa linda aqui nesse palco. Fico muito feliz da Prefeitura trazê-lo de graça aqui pra gente poder curtir e comemorar”, disse Taís. Não só baianos e sergipanos fizeram parte do público desta noite. Bia Azevedo veio de Santo Amaro, São Paulo, somente para curtir o São João da Bahia, mas, especialmente, para ver de perto o seu maior ídolo: “Eu vim de São Paulo só para o São João e por Nadson. Estou, assim, envaidecida! Estou amando demais ver esse gatinho”. A jovem Rebeca Maciel estava grudada na grade para não perder nada do show de Nadson Ferinha e não hesitou em falar da sua emoção. “Estou muito feliz! Não tenho palavras para descrever! Estou emocionada demais”, revelou Rebeca.
Arthur Moreira Lima, um dos maiores pianistas brasileiros da história, que se apreentou no Natal da Cidade, em Vitória da Conquista, morreu aos 84 anos na noite desta quarta-feira (30), em Florianópolis. Ele estava internado há um ano no Hospital Imperial de Caridade, onde lutava contra um câncer de intestino. A informação foi confirmada por familiares. Com mais de 70 anos dedicados à música, Arthur deixa um vasto legado musical, com mais de 60 discos gravados ao longo de sua carreira. O pianista se apresentou com renomadas orquestras ao redor do mundo, incluindo as filarmônicas de Leningrado, Moscou e Varsóvia, além das sinfônicas de Berlim, Viena e Praga. Também se apresentou para a BBC de Londres e a National da França. Uma das suas últimas aparições públicas ocorreu em setembro deste ano, quando participou virtualmente de uma cerimônia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na ocasião, Arthur recebeu o título de doutor honoris causa pela universidade, em reconhecimento a sua excelência artística e à contribuição para a popularização da arte.
Raul Ferraz foi prefeito de Vitória da Conquista no período de 1977/82 e destacava-se do seu grupo político em razão das suas ideias mais avançadas, afora as suas “tiradas” criativas, o que é próprio de quem é bom advogado. Sempre teve opiniões mais avançadas do que outros atores do seu grupo político. Não foi novidade que, sendo deputado federal, tenha atuado na condição de relator do projeto do Estatuto da Cidade, documento jurídico elogiados por todos os que atuam na área. Dentre as suas obras, quando prefeito, podemos destacar: o ginásio de esportes e o Cristo da serra do Piripiri. O ginásio, por algum tempo, funcionou a contento, contudo foi perdendo a sua importância e chegou a ser abandonado, retomando timidamente o seu papel, mas continua sem a relevância da sua finalidade. A juventude precisar fazer maior uso daquele equipamento. Recordo-me que assisti ali um show de Taiguara, pois também servia de casa para grandes espetáculos. Confira a íntegra dessa nova crônica do Doutor Jorge Maia.
Vital Farias, cantor e compositor paraibano, faleceu aos 82 anos, nesta quinta-feira (6), em decorrência de complicações cardíacas. Ele estava internado em um hospital da Grande João Pessoa, após ter sofrido um infarto. Apesar de passar por procedimentos de emergência, o artista não resistiu. Natural de Taperoá, na região do Cariri paraibano, Farias se mudou para o Rio de Janeiro, onde se formou em Música. Sua carreira começou com o lançamento de seu primeiro álbum e a composição de “Ê mãe”, gravada por Ari Toledo. Ele se destacou por suas canções que misturavam humor e a riqueza cultural nordestina, como “Canção em Dois Tempos”, além de composições que ficaram marcadas na carreira de artistas como Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Ao longo dos anos, Vital também estabeleceu parcerias com nomes como Xangai e Elomar, reforçando sua presença na música brasileira. Recentemente, o artista teve uma breve internação devido à Covid-19, mas se recuperou em casa. A Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba e a Prefeitura de Taperoá expressaram pesar pela morte do artista, destacando a importância de seu legado para a cultura local e nacional. A cidade de Taperoá declarou luto oficial de três dias em sua homenagem. O velório ocorre em João Pessoa e, em seguida, o corpo será levado para sua cidade natal, onde será sepultado.
Diante do cenário de calmaria que observamos, a sensação que temos é que a cultura de Vitória da Conquista vai muito bem, aquele abraço! É um céu de brigadeiro, ou um mar de almirante! Como diz o professor Dirlei Bonfim, é tudo melancólico e triste de se ver. Alguma reaçãozinha ali e outra acolá, e o resto é cada um por si, tocando num barzinho de final de semana para ganhar uma merreca de gorjeta, fazendo um teatrinho, lançando um livrinho, uma exposiçãozinha e declamando sua poesia com palavrório de intelectual e “doutor” do universo literário. Outros se contentam com os editais das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, para pegar uma graninha do audiovisual e alguns projetos noutras linguagens artísticas, de olho nas cotas das políticas públicas. Se temos editais, para que reclamar mais. Leia a íntegra da opinião de Jermias Macário.
Esse assunto tem sido muito debatido por mim aqui em nosso canal e em eventos diversos. Até entendo que deveria estar na ordem do dia porque é de suma importância para nossa terceira maior cidade da Bahia com mais de 300 mil habitantes. A verdade é que a nossa cultura foi enterrada pela administração atual, sem rituais fúnebres. O candidato da oposição nestas eleições tem que ter um compromisso forte em seu programa de governo para com a nossa cultura, não apenas uma referência secundária, para dizer que não falou no tema. Existe uma expectativa muito grande por parte dos artistas em geral, dos intelectuais e da população quanto ao resgate da nossa cultura. Confira na íntegra.