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O cenário da Reserva Florestal do Poço Escuro segue degradante, com lixo espalhado e desmatamento, como denunciado por Esdras Tenório Libarino. Na manhã desta terça-feira (25), o BLOG DO ANDERSON reproduziu o editorial de Deusdete Dias Filho, veiculado no Redação Brasil, da Rádio Brasil, questionando a situação. Em nota ao BLOG DO ANDERSON, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) se manifestou: “A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) informa que na última sexta, 21, uma equipe de fiscalização constatou que um ingá-de-metro havia caído na reserva ambiental do Poço Escuro. Uma técnica da SEMMA, ao checar a árvore, notou que o caule estava com brocas, patologia comum às árvores, que podem ocasionar a queda natural. De imediato foi realizado o manejo da vegetação, retirando os galhos e dividindo o tronco. Portanto, é importante destacar que a árvore caiu de forma natural, sem interferência humana, e após a queda foi necessário o manejo para manter a organização do espaço, pois o Poço Escuro é uma área de visitação e precisa estar adequada para receber a comunidade. A SEMMA informa ainda que mantém equipes para manutenção e fiscalização diária na Reserva, que também recebe o reforço da equipe do Gama ao final de todos os dias, inclusive para visitas guiadas. A Gestão Municipal reforça o seu compromisso com ações de preservação do meio ambiente, a exemplo do recente lançamento do Programa Conquista Mais Verde, cujo objetivo é arborizar toda a cidade, principalmente praças, áreas verdes e áreas degradadas, com mudas produzidas pelo Herbário Sertão da Ressaca, cuja produção média chega a 10 mil mudas por ano, disponíveis para doação com as orientações devidas de plantio em frente às residências, áreas de sítio ou rurais.” No entanto, até o momento, o Governo Municipal de Vitória da Conquista não se manifestou sobre a retirada ilegal de animais da Reserva Florestal do Poço Escuro.

A Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizou, na noite desta sexta-feira (4), uma sessão especial sobre a Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom”. A Campanha, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, ocorre durante a Quaresma e propõe reflexão, jejum, caridade e a Coleta da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. Diversas lideranças religiosas, políticas e sociais participaram da sessão, destacando a urgência do cuidado ambiental.

O arcebispo metropolitano, Dom Vítor Agnaldo de Menezes, afirmou: “A Igreja é perita em humanidade e não pode estar alheia à natureza”. Ele reforçou o compromisso histórico da Igreja com questões sociais e ambientais, destacando que “tudo está interligado” e que o cuidado com o planeta é parte da fé cristã. A secretária de Meio Ambiente, Ana Cláudia Oliveira Passos, declarou: “Meio ambiente não é só árvore, recurso alimentar, é tudo, somos nós.  Vivemos por causa do meio ambiente e somos parte dele, mas muitos não compreenderam ainda isso”.

Ela alertou: “O meio ambiente está em um ponto de não-retorno. Ou tomamos uma providência urgente ou não vamos ter futuras gerações que terão o que tivemos” e convidou a Igreja para parcerias com a Secretaria em ações concretas. O padre Gerson de Jesus Bittencourt ressaltou que o cuidado ambiental começa no coração e nas pequenas atitudes. O padre Geneildo Almeida Lima pediu que os vereadores liderem iniciativas públicas alinhadas à Campanha.

O diácono Luciano Santana destacou que o pecado ecológico é um crime contra a humanidade e defendeu a proteção do Rio Verruga e do Poço Escuro. Regina Dantas, representando a ABEF [Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara] e o MAR [Movimento dos Atingidos pelas Energias Renováveis], chamou atenção para os impactos da ganância e a importância da agricultura familiar como parte da solução. O presidente da Câmara, Ivan Cordeiro da Silva Filho, do Partido Liberal, elogiou a Igreja pelo protagonismo na pauta ambiental.