Combate à seca é discutido em Conquista

Foto: Giselli Moreira

Em Vitória da Conquista nessa segunda-feira (23), o prefeito Guilherme Menezes recebeu em seu Gabinete, o secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, para um debate sobre ações de combate à seca. Na Bahia, já são 203 municípios seriamente atingidos pelo longo período de estiagem que vem castigando o estado. Vitória da Conquista é uma das cidades cuja situação também é agravante devido à falta de chuvas que já perdura por mais de três meses na região. Entre as medidas tomadas, está a suspensão da utilização dos recursos hídricos para irrigação e fins econômicos que não sejam para abastecimento humano ou dessedentação animal. A ação, coordenada pela Secretaria Estadual do Meio ambiente (Sema), faz parte de uma série de medidas que estão sendo adotadas pelo Governo da Bahia para minimizar os efeitos da maior seca das últimas décadas no estado. A irrigação estará suspensa até que a situação seja regularizada. De acordo com o secretário Eugênio Spengler, os proprietários que fazem irrigação com captação dasbarragens de Água Fria I e II que abastecem Vitória da Conquista já foram comunicados sobre a suspensão. A medida tem base legal na Lei Federal nº. 9433/97 que determina a interrupção de outros usos, que não sejam humano ou animal, em casos de escassez de água. O secretário destacou que o conjunto de medidas emergenciais é necessário para evitar problemas posteriores com o abastecimento da cidade. “Ou controlamos agora, ou teremos sérios problemas depois. Diante disso, estamos com essa operação intensa com relação à questão do uso da água”, ressaltou. As barragens de Água Fria I e II, que abastecem Vitória da Conquista, estão com os níveis de água diminuídos. Na barragem de Água Fria I, a captação de água já foi suspensa. Na barragem de Água Fria II, entre os dias 16 a 18 de abril, houve uma perda considerável dos recursos hídricos, com redução de 30 centímetros do nível da água. Mesmo com a operação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, entre os dias 18 a 20 de abril, houve a recuperação de apenas três centímetros. Se os produtores continuarem utilizando a barragem para irrigar as lavouras, o volume tende a baixar ainda mais colocando em risco o abastecimento do município. “A situação é grave e preocupante e não11 podemos correr o risco de deixar a população desabastecida de água”, reiterou Spengler.


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