O dia 11 setembro é marcado é marcado por uma série de ataques suicidas contra os Estados Unidos coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda, em 2001. Mas em Vitória da Conquista, para ativistas culturais, a data fica para protestos pela interdição do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima (CCCJL) pelo Ministério Público do Estado da Bahia após denúncias do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). As obra de responsabilidade do Governo do Estado estão paralisadas sem previsão de conclusão, com isso mais de trinta 30 espetáculos de teatro deixaram de passar pela Capital do Sudoeste Baiano. Em entrevista ao Blog do Anderson na última semana [11 de setembro], o produtor cultural e ex-diretor do Camillo de Jesus Lima, Paulo Mascena, comentou sobre o caso lamentando a ausência política para resolver o assunto. “Os americanos comemoram a queda das Torres Gêmeas, em Conquista comemora 1 ano do fechamento do Centro de Cultura. Sem motivos, porque a reforma que se anuncia podia perfeitamente ser feita com ele aberto. As autoridades municipais, sejam vereadores, seja secretário de Cultura ou qualquer outra autoridade municipal não se colocam, não têm posição à respeito diss. O que eu ouvi certa vez das autoridades municipais aqui é de que o Centro de Cultura é do Estado. É sim, mas está em Vitória da Conquista, acho que as autoridades, políticos, têm que ter opinião Está fechado, quem perde com isso são os 340 mil habitantes de Vitória da Conquista e mais milhares da região, porque o Centro de Cultura é regional também, tem essa característica de um Centro de Cultura regional. Por esse ano, deixaram passar pra mais de 30 espetáculos de teatro, têm vários artistas que tinham shows, artistas da importância de Paulinho Pedra Azul, Celso Adolfo e nós fomos obrigados a fazer no Café Society e por aí vai. Vanderlee, que não podem vir aqui porque não tem aonde fazer”, disparou. “O Centro de Cultura fechado por uma birra do CREA que resolveu fechar, dizendo que lá a fiação estava caída e não é, a fiação já teve duas reformas, em novembro do ano retrasado quando foi colocar o ar-condicionado. Para uma ar-condicionado daquele tamanho tem que rever toda fiação, tem que votar uma fiação nova e foi o que foi colocado. Não tem porque o Centro de Cultura estar fechado e pior ainda, não tem porque o Conselho Regional de Cultura não ter opinião, as autoridades de Conquista não terem opinião à respeito e a grande maioria dos artistas também calados. É como se fosse assim: Eu só vou lá uma vez por ano, uma vez a cada dois anos então não me interessa. Interessa sim, tem uma comunidade inteira prejudicada por conta do fechamento do Centro de Cultura. É uma pena, eu acho que hoje é um dia de tristeza para nós produtores, artistas, e acho para a comunidade de Conquista inteira”, completou.
