Joilson Bergher: Brutus está doente!

Foto: BLOG DO ANDERSON
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Joilson Bergher | Historiador | [email protected]

Assim começa a história: A conspiração contra o Brasil – É a conclusão a que chego ao fantasmagorizar esse usurpador de governos, um Zé-Ninguém, ou um Zé-Ruela, um fantasma a vagar, um sonho, não, uma realidade hedionda, um verdugo fantasmagórico. Um Estado a sofrer todos os males inerentes as revoltas, e no manto escondido, um governo Zé-Ninguém, sem rosto, tosco, vampiresco com máscaras a nos tratar com escárnio onde o mal está a circular livremente como numa caverna escura com bandidos e canalhas com togas numa sina de herói-vingador sorridentes na televisão golpista, que mente e nos atocha de mensagens do além como se fosse uma final medonha de Campeonato de futebol como esse fraquíssimo praticado no Brasil! Acaso nos incomodamos? >|>|>|>|>

Se na alma já sofremos os abusos do tempo, se tudo isso não for motivo suficiente para prosseguirmos contra a tirania que nos elimina em doses homeopáticas, deixemos de ser covardes, ou então a que causa servimos? Essa gente astuta, covarde, ardilosos, serão destruídas pela vigilante história, e com essa, a empresa situada na Avenida de Nome Paulista, verdugos, hoje muda, irrefletida na rua…essa empresa precisa ser cortada, extirpada, e os membros fizéssemos em posta como a cólera assassina da inveja, vai seguindo e nos destruindo, como destruídos de forma insana foram os jogadores do time de nome Chapecoense, ontem desconhecido, hoje queridos aqui, ali e acolá. A única saída é a traição, ou não? O sarcófago foi edificado às pressas. É um defunto insepulto que respira: quanto tempo se sustentará? Porém, todos nós concordamos: tem que ser destruído. Insuportável ver meus alunos atávicos, alguns amigos alienados, professores alienado sem querer debater, discutir sobre política… é uma situação angustiante, deletéria e inominável vivido no Brasil dos tempos atuais. Incrédulos estamos nós? Desmotivados, a reproduzi apenas o senso comum dum modelo de mundo falido, fétido, fedido, desumano, cumprindo ordens, censurados… todas as Escolas teria que ter Partido. Aos olhos do povo, da sociedade, somos chamados de purificadores, pois sim! Quanto ao governo de Zé-Ninguém, o Zé-ruela – lastimar, decepá-lo, mutilá-lo, desonrá-lo, rir da nossa desgraça e banimento social. Amigos, dispersemo-nos, mas lembrai-vos de tudo o que dissestes e mostrai-vos verdadeiros brasileiros, ou apenas comediantes? Em tempo: ciência sem fronteiras, Médicos sem fronteiras, Universidade pública, política para as mulheres, jovens e idosos, vacinas, bolsas de diversas matizes, redução do Estado…. Finados! Finalmente essa Bahia se livrou daquele, que, até ontem dizia-se ser o dono desse Estado, se finou…viu um espectro de Esquerda ganhar as eleições aquela época, nos anos de 2000, de lambuja, como dizia a época um conhecidíssimo sabujo e golpista mequetrefe de Vitória da Conquista. Aquele

que se dizia dono, de desgosto, desfaleceu-se, foi e desaparecera no rumo tragador da história. O Zé-Ruela, certamente, terá um fim, medíocre, decrépito. Hoje aprendizes dessa história reverbera o tempo inteiro a criticar tal postura indelével para enfim, achacar pessoas nesse ou naquele lugar. Jequié, vive isso, Brumado, vive isso, Vitória da Conquista, vive-se isso, em Salvador, vive-se isso, no Brasil, também. Quer viver isso? Não, não definitivamente, esse tipo de Rey-coronel, ora, ora, ora, será vitimado pelo vento tragador, cheios de tentáculos dessa mesma história! Mas – mostrai-vos semblantes alegres sem revelar no olhar nossos protestos. Se encontrar algum fétido incauto defensor de fantasmas, de Zé-Ninguém, ou o Zé-Ruela – canalhas a reverberar contra o Banco chamado de Brasil, faça engolir esse governo imprudente, até engasgar, expor as vísceras, até eles se curarem! É prudente sair de casa, e aspirar o ar úmido dum novo dia. Já um candidato a prefeito duma cidade, São Paulo, metódico, a querer séquitos seguidores na TV, diz querer servir ao seu país, ainda, que, primeira sirva a sua Igreja, aliás, servir aos seus dinheiros, a fim de atingir ou garantir a sua porcentagem sobre a porcentagem devida: todos serão salvos! Não foi a lugar algum, ficou no caminho, como no caminho estamos, nós, na verdade, a meio caminho lotado de pedras escorregadias. Traição por obra e graça de seus fiéis eleitores, ora, ora, ora, será? Então é justamente na casa da cidade morta que se realiza uma conferência dos encarregados a julgar o acusado Brutus na mais alta instância do poder deliberando as causas do delito a ser examinado in-loco. Recorro a história: Junto com Cássio, conspirou para matar o general. Foi o idealismo de Brutus que restringiu a ação dos conspiradores ao ato único de matar César. A sua desmedida ambição leva-o a ser quase um monarca e querer ser considerado divino. Não conseguira. Quando lhe enfiaram a primeira facada numa reunião do Senado, ele olhou para Brutus esperando dele a salvação, e encontrou um Brutus calado. Vieram outras facadas, mas ele não morria, e mantinha os olhos fitos em Brutus, pedindo seu socorro. Quando Brutus se levantou e deu-lhe a facada mortal: diz a lenda -, até tu Brutus? Ou no original, – tu quoque Brutus fili mihi? A realidade comporta a negação do próprio cerne de tudo que existia. Negar-se para torna-se outro. Uma vingança em pouco tempo tornar-se-á presente. Quem se habilita a salvá-lo? “Não entenderam nada”, vocifera o historiador João Paulo Pereira. “Acabou, mas ainda não sabemos; acabou, mas ainda não terminamos. Esta é a realidade do Brasil atual. Aqui não me refiro ao governo golpista muito menos aos personagens de ordinário perfil. Refiro-me ao nosso tempo, à nossa gente (…) E a sociedade se perde, na falta de horizontes, nos ódios e no despreparo. E da Cultura simplesmente se esquece, se despreza”. Joilson Bergher, historiador.


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