Viagens e Black Friday: veja como fugir de perrengues

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É preciso ler atentamente todos os detalhes do pacote antes de efetuar a compra.  O brasileiro é apaixonado por viagem, verão e promoção. De olho nessa oportunidade, diversas agências e operadoras de turismo já estão se antecipando para conceder descontos tentadores durante a Black Friday. Toda a cadeia do turismo, desde hotéis, pousadas, companhias aéreas e outras empresas, sabem que parte do planejamento de fim de ano de muitos brasileiros inclui uma viagem para outra cidade. Passar a virada do ano na praia, por exemplo, é uma tradição da qual muitos não abrem mão. Para celebrar o fim de 2020, a ideia é que muita gente procure o litoral para pular as famosas sete ondinhas. As ofertas podem fazer os turistas correrem para fechar pacotes, sem ler as letras miúdas, e é aí que está o grande perigo da compra por impulso, algo bastante comum durante a Black Friday. Veja, a seguir, algumas dicas para minimizar os riscos de cair em roubadas e acabar frustrado, sem a sua viagem.

Reputação da empresa

Antes de concluir a sua compra, pesquise sobre a companhia que está ofertando o pacote ou a passagem aérea. Uma busca rápida na internet pode dizer muito sobre a reputação da empresa.

Clientes satisfeitos e, principalmente, os insatisfeitos, dividem suas experiências em sites de proteção ao consumidor, como o Reclame Aqui e o Procon, além de portais específicos de turismo, como o Trip Advisor.

Leitura da proposta

Mesmo que exista um reloginho, contando regressivamente o tempo que falta para a oferta expirar, dedique um período para ler atentamente todos os detalhes da proposta antes de comprá-la.

Muitas vezes, na ânsia de não perder a promoção, o consumidor acaba adquirindo um produto ou serviço e, na hora de utilizá-lo, descobre que ele não era exatamente o que esperava ou não contempla tudo o que desejava.

Muitos hotéis, por exemplo, condicionam a utilização do pacote a períodos específicos do ano, às vezes, limitando a diária a dias da semana e mediante reserva. Se o consumidor não tiver um planejamento definido e antecipado, pode correr o risco de não conseguir usar o que adquiriu.

Ler as entrelinhas permite descobrir se o pacote pode ser usado a qualquer momento, se o hotel aceita crianças ou animais de estimação e até o tipo de serviço que está contemplado na promoção, como estacionamento, traslado e despacho da bagagem.

Casos de desistência

Devido à Black Friday, muitas empresas acabam impondo taxas e valores maiores em caso de desistência da compra após o prazo de sete dias, preconizado pelo Procon para compras virtuais.

Quanto mais perto da data de viagem esperada, maior pode ser essa taxa. É importante que o turista tenha ciência desse valor no ato da compra para ver se concorda ou não com a cobrança.

Outro ponto importante a ser avaliado é a questão do horário de check-in e check-out dos hotéis, assim como dos voos e das saídas rodoviárias. Às vezes, a diferença é grande, e o turista precisa pagar uma diária a mais para não ficar, literalmente, na rua.

Negociar early check-in ou late check-out antecipadamente pode evitar dores de cabeça, lembrando que imprevistos também podem acontecer e, se o hotel estiver lotado, poderá não conseguir atender a essa expectativa.

Risco de sobrevenda

Este é um contratempo que pode ocorrer, mas que as empresas tentam mitigar ao máximo. A prática costuma acontecer com frequência entre as companhias aéreas, que vendem mais passagens que voos em certas épocas do ano.

Se isso ocorrer, a empresa tem de realocar o passageiro em outro voo ou oferecer uma compensação financeira para que ele voe em outro dia/horário. Cabe ao cliente concordar ou não com a proposta.

No caso de pousadas e hotéis, a reserva deve ser combinada com antecedência para evitar o risco de não ter acomodação disponível para receber o hóspede pelo período contratado.


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