Operação Caravana: penas leves e lucros altos turbinam contrabando, diz delegado da PF em Vitória da Conquista

Foto: BLOG DO ANDERSON

Punições brandas e possibilidade de lucros altos fazem com que quadrilhas se estabeleçam no contrabando. Segundo o chefe da delegacia da Polícia Federal em Vitória da Conquista, Flávio Marcio Albergaria Silva, as medidas de controle da atividade criminosa são leves, o que dificulta chegar aos líderes, como também penalizar com mais rigor a parte secundária, motoristas, por exemplo. “Normalmente, a gente lavra o flagrante de um motorista com uma carga de cigarros contrabandeados, e ele é solto no mesmo dia ou no dia seguinte”, declarou ao Bahia Notícias em coletiva de imprensa acompanhada pelo BLOG DO ANDERSON na manhã desta quarta-feira (19). Albergaria disse também que o crime de contrabando chega a ficar próximo ou até igual em lucratividade ao tráfico de drogas.

O fato faz com que as organizações criminosas não só se mantenham como fiquem mais poderosas. “É uma atividade altamente lucrativa, às vezes tanto quanto o tráfico de drogas, e esses lucros vão ser canalizados para que essas mesmas organizações fiquem mais robustas e mais fortes”, relatou. Nesta quarta, a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a Operação Caravana. Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Tanque Novo, no Centro Sul Baiano. Os alvos são dois comerciantes que seriam líderes de uma organização criminosa. O grupo teria movimentado em torno de R$ 13 milhões entre 2018 e 2020. A atividade operava com transporte e distribuição de cigarros, bebidas e perfumes provenientes do Paraguai, sem o pagamento de impostos.


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