Paulo Pires
Nosso personagem de repente foi acometido por um pessimismo medonho. Baixou sobre ele um astral cinzento prenunciando uma hecatombe esportiva. Para não ver o jogo de ontem, abriu o portão de casa às 5 da tarde e de carro, subiu a Rua Mozart Cardoso no Bem Querer, entrou na Juca Barros, Jardim Candeias, subiu pela José Pereira, passou pela Idália Santos, desceu pela Paulo Amorim e voltou pela Juca Barros entrando de novo no Bem Querer. Passou pela porta de casa e rumou pelo Inocoop II até chegar à Olívia Flores. Devagarzinho, olhando para o relógio do veículo, 5 minutos do jogo se passaram e nenhum foguete. Passou pela AABB e chegou à Rosa Cruz até entrar na Siqueira Campos. 11 minutos e eis os primeiros foguetes (muito discretos). Esses foguetes discretos não eram para comemorar gol do Brasil. Era para o gol de Muller.