Os foguetes fúnebres e o dia seguinte

Paulo Pires

Paulo Pires 

Nosso personagem de repente foi acometido por um pessimismo medonho.  Baixou sobre ele um  astral cinzento prenunciando uma hecatombe esportiva. Para não ver o jogo de ontem,  abriu o portão de casa às 5 da tarde e de carro, subiu a Rua Mozart Cardoso no Bem Querer, entrou na Juca Barros,  Jardim Candeias, subiu pela José Pereira, passou pela Idália Santos, desceu pela Paulo Amorim e voltou pela Juca Barros entrando de novo no Bem Querer.  Passou pela porta de casa e rumou pelo Inocoop II até chegar à Olívia Flores.  Devagarzinho, olhando para o relógio do veículo, 5 minutos do jogo  se passaram e nenhum foguete. Passou pela AABB e chegou à Rosa Cruz até entrar na Siqueira Campos.  11 minutos e eis os primeiros foguetes (muito discretos). Esses foguetes discretos  não eram para comemorar gol do  Brasil.  Era para o gol  de Muller. 

O amargo preço de uma ilusão

1-20140517_170441José Dias

Muito se tem falado acerca da derrota fragorosa do time brasileiro para a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014, sem considerar outros fatores muito mais profundos.

Apesar dos equívocos técnicos e táticos que levaram ao resultado, na prática esportiva é salutar saber lidar com as perdas e, mais que isso, algumas experiências desse tipo podem ser pedagógicas e até nos conduzir à maturidade.

Tiro no pé

Marcísio Bahia Marcísio Bahia

Opositores políticos ao governo Dilma Roussef se regozijam com a derrota e ainda mais com placar surpreendente da seleção anfitriã numa semifinal de uma Copa do Mundo, mas o que realmente está em jogo é o uso político do sucesso ou fracasso dos jogadores que vestem a amarelinha. A paixão do brasileiro pelo esporte é tão ou maior do que décadas atrás, porém o ambiente político, mesmo que ainda bastante contestado, é bem diferente e mais complexo do que no período onde os generais davam as cartas.

Taboca e quebra-queixo

Jorge Maia

Jorge Maia

Eu era menino, e não faz muito tempo, quando um som de triângulo despertava-me para outra realidade. Não falo do triangulo que acompanha a sanfona e a  zabumba do forró, mas daquele meio sem ritmo e que era acompanhado do grito anunciando taboca. Era o vendedor de taboca que em seu ting-ling- ling convidada a meninada a comprar taboca. Não creio que as crianças de hoje saibam sobre isto, porém uma taboca tinha o sabor doce queimado, pelo menos era assim que eu percebia,com leve sabor de chocolate. 

Conflito contemporâneo

Marcísio Bahia

Marcísio Bahia

A ignorância é a causa de todos os problemas e sofrimentos, mas a ignorância sobre si mesmo é a maior de todas as ignorâncias. Numa época em que tudo ao redor parece complicado, a insegurança social, a instabilidade financeira, a decadência dos valores morais e espirituais tornaram a busca por uma vida simples, saudável e equilibrada um sonho distante. Em geral, somos pouco afeitos a acatar opiniões e pontos de vista conflitantes com os nossos. Administrar trabalho, relacionamentos e as variadas emoções cotidianas se tornou tarefa árdua, difícil e incessante. Chegamos a ter saudade do tempo em que não havia computador, tv a cabo, celulares. Tente, então, parar por um momento e refletir se é possível aliviar a sobrecarga que o aflige.

Casal Conquistense comemora Bodas de Ouro

Foto: Lívia Cunha
Foto: Lívia Cunha

Hoje (quinta-feira, 3 de julho), pela bondade e misericórdia do nosso Pai Celestial, meus tios, Clóvis e Lia, completam 50 anos de casamento, em que comemoram–se as Bodas de Ouro. Estas, têm um grande significado, vai muito além de 50 anos de casamento, mas, de vida na presença do Senhor. Tenho em meus tios, exemplos de seres humanos que nasceram para brilhar, trazendo alegria e inspiração por onde passam. Sem dúvida, para ter essa conquista precisou haver, em primeiro lugar, compromisso com Deus e, assim, muito amor, muita união, cumplicidade, perseverança, companheirismo, amizade, dentre muitas outras características. Que este amor que ultrapassa gerações e revela-se nos detalhes seja repleto de bênçãos do Pai por todo sempre, amém!

(Lívia Vasconcelos Cunha Oliveira)

Futebol, vida, emoção

Paulo PIRES

Paulo Pires

Poucos esportes refletem tanto a Vida como o futebol. Suas regras, seu campo de atuação, seus personagens, suas ilusões, suas oportunidades concretizadas  e perdidas, seus esforços úteis e inúteis, seus sonhos e pesadelos, nenhum esporte, quando praticado por  times  equivalentes  é mais imprevisível que uma partida de futebol.

O passe, o drible, o cabeceio, o tempo atrasado, o tempo exato, a visão do campo, a visão do adversário, do companheiro, a  bola passando a frente, a perna, o corpo pesando,  não alcançando, a lamentação pelo chute na trave, a bola fora, o pênalti convertido ou perdido, são movimentos  que  às vezes são feitos ou desfeitos por sorte e  infortúnios representando sonhos e pesadelos  que o homem, por ventura ou  desventura vivencia simultaneamente. Tudo no futebol, como na vida,  tem um ritmo difícil, quase inexplicável. Por isso, para o  futebol a para a vida cabe a pergunta:  Por que certos lances dão certo e por que outros não?

Democracia e participação popular? Queremos cada vez mais

Edwaldo Alves

Edwaldo Alves Silva

A presidenta Dilma Roussef no dia 23 de maio desse ano assinou o Decreto nº 8.243/2014, que institui a Política Nacional de Participação Social e regula essa atividade juntamente com a implantação do Sistema Nacional de Participação Social.

Uma decisão tão importante para fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas, definindo o necessário diálogo entre a Administração Pública e a sociedade civil provocou enorme oposição nos meios políticos conservadores e reacionários. Não se tratou de uma simples objeção a uma proposta que eles consideraram ilegal. A grande mídia, partidos como o PSDB, DEM e seus satélites, parlamentares e alguns que se auto-intitulam cientistas sociais, encararam o assunto como se estivéssemos diante de um golpe de Estado. Sem o menor senso de ridículo afirmam que é uma proposta “bolivariana” baseada nos conceitos políticos do falecido Hugo Chávez. Pior ainda, afirmam tratar-se de uma tentativa petista de romper com a estrutura institucional e política, diminuindo os poderes do Legislativo e do Judiciário.

Sabedoria popular II, ou, queria ter um filho assim

Valdir Barbosa

Valdir Barbosa

As luzes estavam por acender, a cortina viria se abrir no Itaquerão, quando grafei o texto que intitularia: Sabedoria Popular. Desde então, atores vêm brilhando no palco das doze Arenas, onde ocorre o maior certame desportivo do planeta.

Em seguida à rodada de ontem, quando novos times foram eliminados, de todos quantos começaram a frenética corrida, na qual não se pode perder duas vezes, no final restarão apenas dois concorrentes. A fase de oitavas de final aberta por Brasil e Chile, além de Uruguai e Colômbia definiu os dois primeiros de cada uma destas disputas, como protagonistas da próxima partida que levará um deles adiante.

No Fórum da Beócia

Jorge MaiaJorge Maia

Ontem retornei à Beócia. Fui examinar um processo no fórum da JFBE ( Justiça Federal da Beócia). Preferi o roteiro da orla marítima de modo a apreciar a paisagem. Antes, passei pelo metrô de seis quilômetros cantados em prosa e verso, sendo a grande novidade daquela gente. Confesso que não é grande coisa.

Segui admirando a natureza, rica, mas decepcionada, suponho, com tamanho maltrato por ela sofrido. Coisas de gente beócia que não percebe a grandeza de tamanha dádiva e segue indiferente aos estragos que provoca, em busca do lucro, ou as vezes pela sobrevivência, uma vez que a fome não tem ética.

A Copa das Copas

Foto: Reprodução | Facebook
Foto: Reprodução | Facebook

Marcos Andrade 

O Mundo se curva diante da Copa no Brasil, por vários motivos: A Copa dos Gols, A Copa da Hospitalidade, A Copa dos Grandes estádios e por incrível que pareça os aeroportos estão funcionando, o transito fluindo e os turistas adorando o Brasil. Fomos vitimas de um estelionato (171), propalado pela grande mídia e financiado pelas elites oposicionistas brasileiras, que estimularam a Violência, quebra-quebra e um grito tentando impor um sofisma: #não vai ter Copa.

Que venha o Chile!

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

Joseval Andrade

Tive o prazer de conhecer o Chile, em abril deste ano, numa excursão de gala, oferecida pelo grupo Educacional Kroton, ao Colégio Opção. O prêmio foi em razão do Opção ter sido o melhor pólo da Unopar na Bahia, terceiro do Norte/Nordeste e ficar classificado entre os 50 melhores do Brasil, no meio de 500 pólos existentes.

Opinião: A copa do mundo e os injustificáveis ataques a um país encantador

Paulo Pires

Paulo Pires

Em virtude de tantas imprecações que a Grande Mídia Brasileira lançou precipitadamente  contra a Copa do Mundo  e contra o Brasil (no fundo esses ataques são dirigidos ao governo)  temos o dever imperioso de dizer algumas coisas a respeito e como o Povo Brasileiro agora passa a perceber  o papel da Grande Mídia dentro da construção da realidade e suas relações incestuosas com grupos políticos de Oposição.

TJ-Bahia, o difícil caminho da pacificação

RM

Ruy Medeiros

O Tribunal de Justiça da Bahia parece estar fadado à desunião e ao lamento. Antes, sob forte e decisivo controle de Antonio Carlos Magalhães (que chegou a dizer que exercia o controle externo dessa Corte), passou por período posterior marcado pela esperança de que ganharia autonomia e convivência democrática. Mas a substituição da hegemonia de ACM pela de um grupo, que alcançou alguns avanços, não foi suficiente para democratizar o Tribunal e alcançar a pacificação entre seus desembargadores. Desgastadas, as sucessivas administrações passaram a sentir o constrangimento de ver desembargadores frequentando páginas e colunas de jornal, envolvidos em notícias que não honram o judiciário. E, no entanto, muitos dos seus integrantes não viveram sequer o momento de controle de ACM e da ruptura.

Japy Gondim Ávila, exemplo de tenacidade

ruymedeiros

Ruy Medeiros

Ontem, em Ituaçu, faleceu o advogado Japy Gondim Ávila, Py.

A cegueira não foi empecilho para que Py estudasse, concorresse a difícil vestibular à Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, onde teve a alegria de colar grau em Ciências Jurídicas e Sociais (Bacharelado em Direito). Seus estudos foram difíceis, não por limitação que não fosse a cegueira. Japy precisava recorrer aos volumosos livros em Código Braile, que muitas vezes encomendava, quando o Instituto de Cegos da Bahia não os possuía ou não podia confeccioná-los. Vi-o algumas vezes confeccionando livros, em Braile, a partir de outros nesse Código. Era duro dar conta do Curso de Direito e a situação ofereceu dificuldade suplementar quando a consciência do estado pelo qual passava nosso país determinou que ele passasse a combater a ditadura militar.

Inflexíveis, ou, sabe de nada inocente

Valdir BarbosaValdir Barbosa
Hoje, véspera de São João fui pessoalmente a uma agencia do BRADESCO, nesta quente terra do frio, onde opero há décadas. Sou correntista da qual me refiro nestes considerandos e tenho também conta inativa em outra, que já foi sede do antigo BANEB de Vitória da Conquista.
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Recebo meus proventos, na condição de funcionário público, desde os tempos do extinto banco estatal, adquirido pelo Banco Brasileiro de Descontos nas citadas casas bancárias há quase quarenta anos. Apesar de haver transferido meu domicílio para Salvador, onde estou em definitivo com a família desde 2008, decidi continuar com minhas transações bancárias aqui.

Que será, será

Jorge MaiaJorge Maia

Eu era menino, e não faz muito tempo, e em uma daquelas matines do Cine Ritz assisti ao filme: O homem que sabia demais. Foi ali que conheci  Hitchcock , Doris Day e James Stewart. O filme é de suspense  e para a época podemos dizer que era também um filme de ação, muito bom e sem qualquer efeito especial. Confesso que já o assisti muitas vezes. Não permita Deus  que eu morra sem assisti-lo outras tantas vezes.

Brasil: O país da Copa, mas também das transformações

Florisvaldo Bittencourt

Florisvaldo Bittencourt

Após longos 64 anos, o Brasil vive hoje um momento ímpar em sua história. Os holofotes do mundo voltam-se para cá, o Brasil novamente é sede da Copa do Mundo. Para isso foram inúmeras candidaturas que só alcançaram exito na era Lula, quando o país já dava claros sinais que passava por importantes mudanças estruturais.O PSDB de Fernando Henrique e Aécio neves, governaram nosso país por oito anos. Na época, embora o Brasil tivesse postulado sediar a copa do mundo por algumas vezes, sabidamente não houve sucesso, portanto, no governo tucano não teve Olimpíadas e nem Copa do Mundo.

Somos referência cultural

Marcísio Bahia

Marcísio Bahia 

Os militantes da política cultural em Vitória da Conquista, reconhecida como um dos maiores celeiros de artistas deste imenso País, conseguiram vitórias importantes nos últimos anos, principalmente com a implantação de uma secretaria de governo específica, após a insatisfação da classe em ser representada na administração municipal por apenas uma coordenação de cultura vinculada à Secretaria de Educação.

O deslimite da estupidez ou o excesso verbal que ajuda a identificar o mau caráter

Paulo Pires

Paulo Pires

No livro das Ignorãças, o poeta Manoel de Barros, fala de si e de outros personagens. Além disso, acrescenta à sua poética bichos e objetos, como se tudo fosse uma coisa só (ou única aparelhagem). Para entender o poeta é imprescindível compreender Poesia e saber que essa forma de se expressar é aquela que dá ao homem capacidade de voar fora da asa. Manoel de Barros é um dos maiores poetas brasileiros e um dos homens de letras mais entranhados na poesia. Quem disse isso foi o poeta Carlos Drumonnd e o disse para conforto do elogiado e alegria de todos que gostam de lirismo.