Este ano, os brasileiros irão às urnas exercer o seu direito de voto e escolher os seus representantes para presidente, governador, senador e deputados federal e estadual. Apesar da campanha eleitoral oficial só começar em julho, depois das convenções, os pré-candidatos, principalmente para os cargos do executivo, já começaram a se posicionar.
Em entrevista ao Piquete Bancário, o professor da área de Contemporânea, do Departamento de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Belarmino Souza, falou sobre o cenário desta próxima disputa eleitoral.
O Piquete Bancário – Como analisa o cenário em que se dará a disputa eleitoral que se aproxima?
Belarmino Souza – Em termos de eleição presidencial, temos um dado novo e importante, será a primeira após a redemocratização que não teremos Luís Inácio Lula da Silva como candidato. O eleitorado terá uma oportunidade de debater perspectivas para o Brasil, que ficam entre a continuidade do desenvolvimento de políticas públicas de inclusão social (cerca de 32 milhões de brasileiros ascenderam socialmente nos últimos oito anos), presença do Estado enquanto agente de um desenvolvimento sustentado ou o retorno às práticas neoliberais das privatizações, primazia absoluta dos interesses do mercado nas políticas públicas e o conseqüente aprofundamento das desigualdades. Esse pleito poderá ser menos personificado nos candidatos e mais marcado pelo debate de projetos, para tanto uma análise comparativa dos ciclos presidenciais anteriores (FHC e Lula) será fundamental.