Ruy Barbosa | 100 anos sob a tristeza de sua ausência

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Paulo Fernando de Oliveira Pires | professor da UESB

O terreno estéril em que se tornou a política no Brasil é fato que nos deprime ao longo dos séculos. Nosso País, a rigor nunca foi um oásis de ações exemplares no campo da ação partidária e muito menos em outros campos em que pensávamos tomar emprestado modelos (valores) para nos salvar da falta de compromisso ético no exercício da vida pública [desagrado esse com grande repercussão na vida particular]. Não temos mais tantas ilusões no campo da política como tínhamos no final do século 19. Nossa correria em fazer as coisas é tão grande que logo me apresso para lembrar um dos maiores nomes de nossa vida pública em todos os tempos: Ruy Barbosa de Oliveira. >>>>>.

Academia do Papo com Paulo Pires | defender Jair Messias Bolsonaro além de inútil é perigoso

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Paulo Fernando de Oliveira Pires | professor da UESB

O prestigioso jornal Washington Post em matéria de 19 parágrafos escreveu sobre o presidente do Brasil sob o título “À medida que investigações sobre a pandemia avançam, Bolsonaro se vê cada vez mais ameaçado por escândalos de corrupção”. O texto explica que as recentes denúncias criminosas contra o presidente amplificam os questionamentos sobre sua permanência no cargo e afirma que elas têm um potencial muito mais destrutivo para o chefe de estado brasileiro do que a conturbada condução da pandemia da Covid-19 orientada por ele, assim como as políticas econômicas adotadas por seu ministério, que só fizeram com que os pobres sofressem ainda mais”. >>>>>

Paulo Pires | Reformar para piorar

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Paulo Fernando de Oliveira Pires | professor da UESB

Ao entregar a faixa presidencial para o presidente (general) Figueiredo, o presidente (general) Ernesto Geisel disse no discurso de transmissão de cargo que a Nação ia bem, mas o Povo, nem tanto. Na visão do General, o País do Milagre Econômico, todo edificado sobre uma contratação de Dívidas Monstruosas, à medida que albergava os ditames do generalato do Poder, fazia crer a todos que o Brasil era um País que que “estava indo pra frente”. Ilusão, ilusão… >>>>>

Academia do Papo | Bolsonaro por Paulo Pires

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Paulo Fernando de Oliveira Pires | professor da UESB

Nos últimos dois anos, o Povo Brasileiro vem se surpreendendo com declarações espantosas derivadas das opiniões político-sociais “lecionadas” pelo presidente Jair Messias Bolsonaro. O mandatário brasileiro, com intenções prévias ou não, parece sentir prazer idílico ao fazer declarações absurdamente patéticas, esdrúxulas, sem nexo, eivadas de anacronismos intoleráveis para um político que foi eleito presidente da república de um grande País na segunda década do século XXI. O ex-primeiro ministro italiano Romano Prodi, desencantado com sua Itália, tomada por corruptos de toda natureza (tanto na política, quanto na economia, nas finanças e na administração pública), disse em certa ocasião, que governar a Itália não era difícil … era inútil. Leia a íntegra dessa nova Academia do Papo.

Homenagem aos 100 anos: breve discurso para Bodas de Jequitibá Cícero Pereira do Amorim

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Homenagem do professor Paulo Pires

Neste dia 9 de Outubro do ano Cristão, comemora-se o natalício de um grande brasileiro que atende há 100 anos pelo nome de Cícero Pereira do Amorim… Pela estrada que percorreu, desde o seu nascimento, nota-se que não é uma comemoração qualquer. Comemoramos todos: sua Família, seus Amigos e toda a Sociedade Conquistense e Afogadense 100 anos de uma das personalidades mais admiradas, queridas, respeitadas e prestigiadas de nosso meio, do nosso convívio pessoal, social, empresarial e religioso. É isso mesmo, meus senhores e minhas senhoras: o grande Cícero Amorim é quem faz 100 anos nesta sexta-feira (9). >>>>>>.

Academia do Papo com Paulo Pires | O desastre, o desagradável e o desastroso

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O eminente professor de Harvard John Kenneth Galbraith dizia que a Política era a arte de escolher entre o desagradável e o desastroso; disse também que “O inimigo da sabedoria convencional não é idéias, mas a marcha dos acontecimentos”. A marcha dos acontecimentos no Brasil mostrou que o processo de Golpe que foi colocado em prática a partir de 13 de junho de 2013, mas que vinha sendo engendrado desde o final do governo Lula levou e trouxe nosso País para uma situação desagradável com o golpista Michel Temer até chegarmos hoje a esse Cenário Desastroso com o governo sem rumo do senhor Bossonaro. Leia a íntegra.

Academia do Papo de Paulo Pires para Edvaldo Paulo: um contabilista na apologia do amor

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Paulo Fernando de Oliveira Pires

Li com previsão de admiração antecipada e posterior compartilhamento de idéias a crônica do notável contabilista brasileiro, o conquistense Edvaldo Paulo de Araújo. Não fiquei surpreso com o discurso de suas ideias naturais e grandiosamente humanas.  Há décadas tenho o privilégio de conhecer esse grande cidadão, cuja presença inspiradora de paz, civilidade e dedicação ao próximo honra a todos que o conhecem na lida diária em nossa cidade e neste mundo de Deus. Leia a íntegra.

Academia do Papo: Bolsonaro destrambelhado

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Paulo Fernando de Oliveira Pires | Professor | paulopires@uesb.edu.br

O venerado jornalista Xico Sá disse que Bolsonaro só é assim porque sabe que há um contingente enorme de pessoas no Brasil que pensa igualzinho a ele…. E disse mais o famoso jornalista:  Bolsonarius não tem culpa de nada ou de quase nada em relação à sua conduta nada exemplar.   Há dezenas de anos, o capitão que foi  expulso do exército,  sempre  demonstrou ser pessoa totalmente desprovida de qualidades morais aceitáveis. A grande mídia, que hoje está se fazendo de vítima, sabia quem era Bolsonaro, mas desavergonhada e incompreensivelmente deu-lhe total apoio. >>>>>>

Academia do Papo com Paulo Pires: pesquisador americano denuncia Operação Lava a Jato

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 Paulo Fernando de Oliveira Pires | Professor | paulopires@uesb.edu.br

Pesquisador americano Mark Weisbrot denunciou  com  dados concretos (provas irrefutáveis)  como a Operação Lava a Jato se relacionou com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para fazer LAWFARE (uso de instrumentos legais com fins políticos) contra Lula e contra o Partido dos Trabalhadores. Leia na íntegra.

Academia do Papo: Comentário sobre um artigo do economista Paulo Nogueira Batista

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Paulo Fernando de Oliveira Pires | Professor | paulopires@uesb.edu.br

O renomado economista brasileiro, Paulo Nogueira Batista Junior, cujo currículo faz inveja aos mais doutos companheiros de formação, diz em belo artigo que entre os males que acometem os Economistas consta aquele de obedecer a certos critérios que a Moral abomina. No caso, para ser bem objetivo, doutor Paulo menciona os Economistas Bufunfeiros. … Bufunfeiros? O que é isso? São aqueles que são (ou foram) doutrinados pela Escola de Chicago (monetaristas) e que depois de formados, retornaram aos seus Países de Origens totalmente doutrinados, ou melhor, catequizados para disseminar a cultura capitalista que tão bem faz aos Estados Unidos da América. >>>>>>

Academia do Papo: O que começa errado termina errado

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 Paulo Fernando de Oliveira Pires | Professor | paulopires@uesb.edu.br

O senhor Jair Messias Bolsonaro, presidente do Brasil (por enquanto) tem o péssimo hábito de fazer afirmações de ordem político-econômico-social pela manhã e à tarde (ou até antes do final da tarde) desdizer-se com a maior naturalidade. Já houve situações em que ele disse uma coisa cedinho, antes do meio dia falou outra e à tardinha colocou outra que se contrapunha às duas anteriores. Confira a Academia do Papo na íntegra.

Academia do Papo: Há sentido lógico e explicações morais para o terrorismo dos Estados Unidos?

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Paulo Pires

O ato terrorista dos Estados Unidos contra o Irã levantou poeira em todo o Planeta e, por conseguinte, é visto sob diversos ângulos e dimensões geopolíticos, objeto, como não poderia deixar de ser, deplorado pela maior parte dos observadores especialistas em relações internacionais. O primeiro questionamento que se faz é sobre a Lógica do ataque. O presidente dos Estados Unidos, que aos olhos das pessoas sensatas do mundo parece não gozar de boa saúde mental, justificou o ataque dizendo que o ordenara porque teve informações que os iranianos iam atacar seu País. Será que isso é verdade? Na avaliação dos melhores analistas de conjuntura internacional, essa justificativa não tem fundamento, principalmente se for levado em conta que os Persas, desde a Era Cristã, perderam o hábito de invadir países (isso ocorria na História antiga). >>>>>>

Academia do Papo: E o ano de 2020, mister Paul?

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Paulo Pires

E o ano de 2020, mister Paul? ……  Breve diálogo com Anderson Oliveira

Ora, ora. 2020 é o marco zero da nova década e a gente gostaria que seja um ano capaz de melhorar 2019, ao ponto de se tornar habilitado para reverter um pouco todas as agruras pelas quais passamos na década que se encerra. Agruras que se iniciaram objetivamente a partir de junho de 2013 fazendo de nosso País (que vinha bem até o dia 13) ir direto, sob muitas artimanhas da política conservadora brasileira, a voltar para o Brejo ou para o pântano da indigência nacional. Leia a Academia do Papo na íntegra.

Aniversário da Cidade: Bolero para Vitória da Conquista em seus 178 anos e emancipação política

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Paulo Fernando de Oliveira Pires | paulopires@uesb.edu.br 

Seis horas da manhã e a gente no Terminal

O dia bem começa e lá vem os primeiros raios de Sol

Cada um cuida de si e a vida vai sendo construída

Do outro lado da Galeria, galinhoteiros, meninos de Carrêgo e bêbados

Os camelôs ainda não chegaram às calçadas,

Mas há um breve prenúncio de burburinho

Pretinho Sapateiro desce do Guarani >>>>>>>>

É fundamental não ter medo

Paulo Pires

Não tenha medo de perder o amor
não tenha medo de morrer
não tenha medo de perder pessoas
muito menos coisas
não tenha medo da solidão
nem dos bichos que estão vindo
precisamos afastar o medo
a coragem é a maior das virtudes
coragem prá ganhar e prá perder

Facebook é ou não um bom instrumento de campanha política?

Por Paulo Pires

Alguns contatos facebookianos declaram-se (com  alguma razão) avessos à candidatos que utilizem  o FACEBOOK como instrumento de divulgação de campanha.

Em tese esses contatos (ou pessoas)  estão corretos. É desagradável e recriminável  pensar que um ser humano se  tornou “amigo” de outro pelo FACEBOOK com o objetivo mesquinho de obter desse amigo, vantagens  ou  apoio para sua campanha eleitoral. Por outro lado cabe perguntar:  E as campanhas políticas que picham muros, despejam pelas ruas milhares de santinhos, usam poderes econômicos descontrolados, injetando recursos também sem controle em  cabos eleitorais, fortunas em faixas, outdoors, enfim, sujando o ambiente em todos os pontos do município?  O que dizer desses candidatos? O autor deste comentário, também candidato,  tal qual ocorre com a grande maioria, declara-se sem recursos para realizar sua campanha. Não tenho dinheiro para  arabescos e balangandãs e  diante dessa penúria pergunta:  O que fazer?

Pequenas Notas

Paulo Pires

Olavo de Carvalho: O “nosso lado” e o “outro lado”

O filósofo Olavo de Carvalho, em seu livro Imbecil Coletivo, entre tantos temas que aborda, trata da questão do embate político ideológico colocando sobre a mesa a questão de “o nosso lado” e o lado antagônico, ou seja, o “outro lado”. O irônico e irritado filósofo assevera e nisso ele está tecnicamente correto que os políticos agem sob  o instinto de que quem faz parte do “nosso lado” é bom; E quem faz parte do “outro lado” não presta. Não importa quem esteja falando, mas de quem se esteja falando. O “outro lado” quando fala de si, o faz como “o nosso lado” e esse é o lado bom. O mesmo se dá com o “outro lado”  que também se julga o lado bom. Durma-se com um barulho desses. O filósofo Sartre dizia que “o inferno são os outros”. O jogo de palavras de Olavo é interessante. Ele é inteligente e parece gostar de dois dos seus principais defeitos. O primeiro deles: Ele é doido. O segundo: Não tem papas na língua. Quem conhece o filósofo considera que a sua loucura pode ser explicada pelo fato de ele mesmo se considerar o Pai do Pensamento Perfeito. Infelizmente muitas pessoas demonstram  desapreço às suas idéias e isso o deixa mais furioso ainda. Quanto a loucura dele e dos filósofos em geral, recomenda-se buscar o que disse o poeta Fernando Pessoa sobre esses seres maravilhosos.

Conquista cidade aberta

 Por Paulo Pires 

Fato evidente [e louvável] no cotidiano de Vitória da Conquista é o empenho de quase todos os seus segmentos discutindo questões relacionadas ao município. As hipóteses que se constroem como respostas às nossas demandas e propostas, mesmo que não sejam brilhantes, são dignas de louvor. Apela-se, em muitos casos, para o bom senso. Este, conforme observa Descartes na página inicial do seu Discurso sobre o Método: “… é a coisa melhor dividida no mundo, pois cada um se julga tão bem dotado dele que ainda os mais difíceis de serem satisfeitos em outras coisas não costumam querê-lo mais do que tem”.  Na realidade quase todo mundo dá pitacos sobre a cidade. Consideramos esse fator como algo positivo. Discute-se sobre o que está bom, sobre o que nos falta, quais são nossos erros, nossos acertos. O que deveríamos ter feito e o que precisamos fazer. Quais são os problemas mais urgentes?   Como e o quê  exigir para que o gestor municipal tome decisões acertadas e urgentes em relação ao bem estar do povo?

Pequenas Notas

Bola pelas costas

Por Paulo Pires

O futebol sempre foi um excelente fornecedor de expressões lingüísticas para o brasileiro entender um pouco do que se passa em nossa política. Dito isso, pode-se dizer que a expressão “bola pelas costas” ajuda ao povão, ou seja, contribui enormemente para que as grandes massas entendam o momento atual de nossa política como um todo. Ajuda também  na compreensão  particular da política nesta cidade de Vitória da Conquista. Política é um cenário disforme, controverso, mutante.  Exige dos seus agentes muita perspicácia, muita acuidade visual senão perde-se a perspectiva do que se passa diante de nossas vistas. Os instantâneos políticos já foram comparados a estrutura das nuvens. Política e nuvens mudam a cada segundo. A gente as olha e estão de um jeito. Um segundo depois ei-las totalmente diferentes. Cabe perguntar: Política é ciência ou ilusão? Ora, se levarmos em conta suas mudanças, diríamos que é mais sugestivo pensá-la como ilusão, algo transitório. Mas há discordâncias. Contrariando a maioria vale lembrar que existem muitos cursos de Ciências Políticas em nossas Universidades. Ciência, claro, também não é algo definitivo, mas pelo menos sustenta hipóteses durante algum tempo. O que hoje é científico pode não ser futuramente. Mas devemos assinalar que a transitoriedade da ciência não é tão acentuada quanto à da política. Muitos postulados científicos sobrevivem séculos. Em política, enunciados ou conceitos são insustentáveis. A maioria deles não resiste a uma hora quando submetidos à realidade dos fatos.

Academia do Papo

 A morte e o desaparecimento do gato Simba 

Por Paulo Pires 

Em uma daquelas casas compridas da Rua dos Fonsecas, final de uma dessas tardes calorentas de outono, pude acompanhar de perto, com a discrição que a ocasião exigia, uma reunião extraordinária realizada por um grupo de pardais. O objetivo daquela reunião, segundo o único ponto da pauta, seria estabelecer um plano ou planejamento estratégico para “acabar de vez” com o gato Simba. O grupo constituía-se de uns vinte membros. Minha presença àquele conclave foi obra do acaso, mera coincidência. Encostei o carro embaixo da mangueira da casa e, sem querer, comecei a ouvir pipilos estranhos, chilreios renitentes e uma algazarra prá lá de cabeluda.  O som que vinha dos passarinhos reunidos embaixo do pé de acerola não era o mesmo dos dias normais. Curioso com o barulho anormal me aproximei na ponta dos pés e pude ver o que estava acontecendo.  Lá estava aquela renca [ou seria penca?] de pardais reunidos em uma congregação frenética.