
Por Juscelino Souza, A Tarde
Sem alarde, sem estardalhaço ou foguetório – como é praxe em anúncios de filiação de lideranças políticas no interior –, Coriolano Sales retornou à cena política depois de sucessivasderrotasnasurnas municipais, em 2000 e 2004.
Fora das urnas o ex-deputado federal também cultivou perdas ao renunciar ao mandato, em15 de agosto de 2006, para escapar de uma provável cassação por parte do Conselho de Ética da Câmara Federal que investigava a Máfia dos Sanguessugas, na qual estaria envolvido.
O reingresso de Coriolano na política partidária como pré-candidato a deputado federal pelo PSDB reuniu cerca de 500 pessoas no plenário da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista. Cori, como é conhecido o ex-deputado, antecipou parte dos projetos, tais como a “consolidação do projeto da Universidade Federal de Vitória da Conquista. Engavetado na Câmara dos Deputados, o projeto, segundo Coriolano, não avançou devido à perseguição dos seus adversários políticos.
Máfia Interpretada como uma confissão, a renúncia de Cori à Câmara Federal, em 2006, ocorreu depois de ele ter supostamente usado dinheiro da Máfia das Ambulâncias para comprar uma impressora no valor de R$ 120 mil, utilizada nas eleições de 2004. Um dos 69 acusados pela CPI das Sanguessugas por suposto envolvimento na máfia das ambulâncias, Cori foi acusado de ter recebido R$ 162,5 mil de propina. Nas ruas da cidade, as opiniões sobre a renúncia são diversas.
Cori filia-se ao PSDB, após passagens pelo PR, PSB, PDT, DEM e PMDB.
Depois de agendar entrevistas com a reportagem de A TARDE e desmarcar todas, alegando compromissos com o fisco e reuniões com aliados, não mais foi localizado em casa e nem atendeu às ligações para o seu telefone.













