
Alexandre Galvão Carvalho | professor doutor em História Social
Muitos acham que a vitória de Jair Bolsonaro, dentre diversos fatores, se deu por conta do equívoco petista de manter o nome de Lula como candidato e depois apresentar Haddad como seu candidato definitivo, já de forma tardia. Um olhar retrospectivo, em meio aos cálculos petistas, nos leva a acreditar que o PT, incluindo cúpula e base, não tinha a exata noção do grau de rejeição ao partido, aos seus governos e à sua principal liderança. Seus membros sabiam do desgaste que o partido sofria, mas a reação à narrativa do “golpe” e à prisão de Lula, sempre propagandeada como uma prisão política, fiava as condições para que a opinião pública continuasse rejeitando as outras candidaturas (afinal, o PT fora tirado do poder), isso sem falar nas pesquisas que apontavam Lula na liderança da corrida presidencial. Leia a íntegra.